DO "AGORA"

A Prefeitura de São Paulo vai gastar R$ 15,3 milhões a mais do que o previsto para a implantação do bilhete único para os ônibus neste ano. O Orçamento de 2004 previa o investimento de R$ 25,77 milhões. Até agora, entretanto, foram gastos R$ 30,6 milhões, segundo o secretário municipal dos Transportes, Gerson Bittencourt. E no dia 2 de julho foi publicada no "Diário Oficial" do Município a transferência de mais R$ 10,424 milhões para esse projeto.
O bilhete único foi lançado em maio e é uma das vitrines da campanha da prefeita Marta Suplicy (PT), que tenta a reeleição. Com o cartão, o usuário pode fazer quantas viagens quiser durante duas horas, pagando uma passagem.
Os R$ 10,424 milhões, segundo o secretário, vêm do Orçamento e de empréstimo do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) e seriam usados na implantação e manutenção de tecnologia dos Passa-Rápidos -nome dado aos antigos corredores de ônibus.
Bittencourt disse que esse dinheiro seria aplicado na implantação de GPSs (equipamentos que controlam a localização dos coletivos), entre outros itens. Ele informa que os gastos aumentaram porque houve necessidade de venda de mais cartões e de implantação de mais validadores (equipamento que verifica a quantidade de créditos dos bilhetes). Já foram distribuídos 2,4 milhões de bilhetes.
Dados do Sistema de Execução Orçamentária (SEO) da Câmara, divulgados pelo gabinete do vereador Ricardo Montoro (PSDB) -que faz oposição à prefeita-, mostram que a administração já pagou R$ 105,5 milhões pela implantação do bilhete único, desde 2002. Bittencourt diz que "desconhece" esses números. "Pelas informações que tenho, e que foram publicadas no "Diário Oficial", gastamos R$ 66,682 milhões desde 2001." (LUCIANE SCARAZZATI)


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