São Paulo, quinta-feira, 13 de julho de 2006

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GUERRA URBANA

Nova onda de ataques do PCC mata 8 em SP

Atentados atingiram mercados, ônibus, postos policiais e prédios do Estado

Facção criminosa espalha cartazes com a frase "contra a repressão carcerária"

Exatos dois meses após o início da maior onda de ataques já realizada no Estado de São Paulo, a facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital) iniciou uma nova série de atentados: numa ação articulada novamente de dentro da cadeia, soldados da organização voltaram a matar e a atacar bases da polícia, prédios do Judiciário e do Legislativo, bancos, ônibus e até supermercados.
As ações foram espalhadas por todo o Estado e continuaram na noite de ontem. Foram oito mortos: um PM, sua irmã, um agente prisional, o filho de um investigador, um GCM e três vigias de empresas privadas.
Dessa vez, o PCC deixou recados dando sua versão para as ações: cartazes com a frase "contra a opressão carcerária" foram achados em alguns locais. "Foi uma represália contra a tortura nas prisões", disse o ex-policial Ivan Raymondi Barbosa, presidente da ONG Nova Ordem, ligada ao PCC. Presos de Presidente Venceslau ameaçam continuar os ataques caso o governo não transfira os presos de Araraquara e Itirapina.
Já o secretário da Segurança Pública, Saulo de Castro Abreu Filho, atribuiu as novas ações à publicação da lista com o nome de 40 presos que seriam transferidos para o presídio federal de Catanduvas (PR). A lista foi divulgada ontem pela Folha, quando boa parte dos ataques já havia sido iniciada. Grampos telefônicos feitos pela polícia mostram que, por volta das 22h de anteontem, presidiários deram a ordem para os ataques. Saulo confirma o aviso, mas afirma que a situação já está normalizada.


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