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GUERRA URBANA
Nova onda de ataques do PCC mata 8 em SP
Atentados atingiram mercados, ônibus, postos policiais e prédios do Estado
Facção criminosa espalha cartazes com a frase "contra a repressão carcerária"
Exatos dois meses após o início da maior
onda de ataques já realizada no Estado de
São Paulo, a facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital) iniciou uma nova
série de atentados: numa ação articulada novamente de dentro da cadeia, soldados da organização voltaram a matar e a atacar bases
da polícia, prédios do Judiciário e do Legislativo, bancos, ônibus e até supermercados.
As ações foram espalhadas por todo o Estado e continuaram na noite de ontem. Foram oito mortos: um PM, sua irmã, um agente prisional, o filho de um investigador, um
GCM e três vigias de empresas privadas.
Dessa vez, o PCC deixou recados dando
sua versão para as ações: cartazes com a frase "contra a opressão carcerária" foram
achados em alguns locais. "Foi uma represália contra a tortura nas prisões", disse o ex-policial Ivan Raymondi Barbosa, presidente
da ONG Nova Ordem, ligada ao PCC. Presos
de Presidente Venceslau ameaçam continuar os ataques caso o governo não transfira
os presos de Araraquara e Itirapina.
Já o secretário da Segurança Pública, Saulo
de Castro Abreu Filho, atribuiu as novas
ações à publicação da lista com o nome de 40
presos que seriam transferidos para o presídio federal de Catanduvas (PR). A lista foi divulgada ontem pela Folha, quando boa parte dos ataques já havia sido iniciada.
Grampos telefônicos feitos pela polícia
mostram que, por volta das 22h de anteontem, presidiários deram a ordem para os
ataques. Saulo confirma o aviso, mas afirma que a situação já está normalizada.
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