São Paulo, quinta-feira, 13 de julho de 2006

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Bombas caseiras são atiradas na casa de agente

RICARDO GALLO
DA REPORTAGEM LOCAL

O telefone toca na Redação da Folha. "Minha casa foi atacada. Jogaram dois coquetéis molotov aqui." Do outro lado da linha, Wellington (nome fictício), 40, agente penitenciário, atacado no Jardim Presidente Dutra, em Guarulhos (Grande São Paulo), quando visitava a mãe. Ele pede ajuda: quer o telefone para falar com a Secretaria da Administração Penitenciária.
O crime ocorreu às 14h30. Dois "moleques", idades entre 15 e 22 anos, jogaram garrafas de cerveja com panos embebidos em gasolina no quintal da casa da mãe de Wellington. A primeira garrafa atingiu o carro do agente; a segunda quase atinge um sobrinho que, curioso, saíra para ver a cena. "Foi de surpresa. Ainda tentamos correr atrás deles, mas não [os] pegamos."
Assustado, Wellington ligou para a polícia, correu para a delegacia e registrou boletim de ocorrência. "Acho que foi um aviso. Na noite de ontem, planejava levar para a sua casa, em São Paulo, a mãe e os quatro sobrinhos que o acompanhavam. A casa atacada, ao menos por um tempo, ficará vazia.
Funcionário do sistema prisional há 19 anos, salário de R$ 1.500 mensais, o agente trabalha num CDP (Centro de Detenção Provisória) da zona leste. Wellington diz não ter medo de morrer, mas teme pelos familiares: "Está todo mundo em pânico".
A Folha ligou para a assessoria de imprensa da SAP. Até a conclusão desta edição, Wellington, segundo a assessoria, não havia ligado lá.


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