São Paulo, terça-feira, 13 de julho de 2010

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FOCO

Jardim da orla de Santos é tombado

Traçado paisagístico de 5,3 km ao longo da praia vira patrimônio do Estado de SP

DE SÃO PAULO

O jardim da orla de Santos, um dos principais cartões-postais da cidade do litoral de São Paulo, foi tombado pelo Condephaat (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico Arqueológico, Artístico e Turístico) do Estado.
A partir de agora, o desenho dos 5,3 km de jardins, que vão do emissário - perto da divisa com São Vicente - até o outro extremo, o bairro da Ponta da Praia, não pode mais ser alterado.
O jardim separa a praia do calçadão. Ao longo de seus 50 metros de largura há palmeiras, canteiros com 77 espécies de flores e calçadas.
De acordo com a presidente do Condephaat, Rovena Negreiros, o jardim tem relevância simbólica histórica por ter sido o primeiro construído em orla no país. As obras começaram em 1935.
"Foi uma importante conquista dessa faixa natural para o uso público", afirma a presidente do Condephaat.
O tombamento ajuda a evitar o que ocorreu nos anos 50. Foi quando o jardim perdeu mais de 15 km2 para permitir a duplicação da avenida à beira da praia.
Cinquenta anos depois, em 2000, um munícipe pediu ao Condephaat que tombasse o jardim. O processo foi concluído agora.
A prefeitura tem projeto engatilhado para fazer alterações no local, mas afirma que não tocará nos jardins.
A ideia é tirar os 99 quiosques que funcionam como lanchonetes na orla e estão ultrapassados, segundo o secretário de planejamento Bechara Abdalla Neves. Novos quiosques que não impeçam quem está na calçada de ver a praia serão colocados.
Mesinhas de lanche serão instaladas, e totens de publicidade, retirados. As obras devem começar em 2011.
Tampouco serão alteradas outras três construções localizadas entre um trecho e outro do jardim e que também foram tombadas. Entre elas a praça das Bandeiras, na praia do Gonzaga.


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