São Paulo, sábado, 13 de agosto de 2005

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PF apura uso de motel como esconderijo

DA AGÊNCIA, EM FORTALEZA
DO ENVIADO ESPECIAL A FORTALEZA
DA REDAÇÃO


A PF investiga a utilização de motéis como esconderijos da quadrilha que assaltou a sede do Banco Central em Fortaleza.
Os motéis investigados pertencem ao mesmo grupo da revenda de carros Brilhe Car, onde os ladrões compraram, com o dinheiro furtado, dez veículos, por R$ 980 mil, em cédulas de R$ 50.
A hipótese de que algum motel possa ter sido usado para a fuga dos ladrões reforçou a suspeita da PF de um possível envolvimento dos donos da Brilhe Car no caso.
Em Minas, a PF encontrou mais R$ 605 mil, em notas de R$ 50 envolvidas por cintas com carimbo de Fortaleza, escondidos dentro da camionete Mitsubishi L200 supostamente comprada por integrantes da quadrilha que assaltou a caixa-forte do Banco Central.
Havia no veículo R$ 1,615 milhão, sendo que R$ 1,01 milhão fora achado na quinta. Ontem, a PF localizou dinheiro também dentro das portas traseiras de um Citroën C3 (R$ 1,309 milhão).
Na quinta-feira, a PF havia encontrado dinheiro em uma picape Montana (R$ 2,042 milhão), suspeita de ter sido comprada pela quadrilha. Todos os três carros estavam sendo transportados em um caminhão-cegonha que foi interceptado pela PF na quarta-feira na BR-040, perto de Sete Lagoas (MG). No total, a PF encontrou R$ 4,966 milhões nos três carros.
Ontem, funcionários da Servis, que faz a vigilância externa do prédio do BC, prestaram depoimento para esclarecer o serviço de segurança feito na casa onde possivelmente foi escondido o dinheiro nos carros. A casa é de Moraes, segundo a PF.
A PF confirmou que investiga o uso de um veleiro roubado há 30 dias em Natal (RN), na fuga.
No entanto, segundo professor Alexandre Simos, do departamento de engenharia naval da Escola Politécnica da USP, um veleiro como o roubado em Natal, de 23 pés (7 m), teria muitos problemas com a estabilidade e a velocidade levando uma carga de 3,5 t. "Você pode colocar toda essa carga num barco como esse. Ele não vai afundar, mas velejar com esse peso é outra história. Com 3,5 t, a chance de um barco desse tamanho virar é muito grande."


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