|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
PF apura uso de motel como esconderijo
DA AGÊNCIA, EM FORTALEZA
DO ENVIADO ESPECIAL A FORTALEZA
DA REDAÇÃO
A PF investiga a utilização de
motéis como esconderijos da
quadrilha que assaltou a sede do
Banco Central em Fortaleza.
Os motéis investigados pertencem ao mesmo grupo da revenda
de carros Brilhe Car, onde os ladrões compraram, com o dinheiro furtado, dez veículos, por
R$ 980 mil, em cédulas de R$ 50.
A hipótese de que algum motel
possa ter sido usado para a fuga
dos ladrões reforçou a suspeita da
PF de um possível envolvimento
dos donos da Brilhe Car no caso.
Em Minas, a PF encontrou mais
R$ 605 mil, em notas de R$ 50 envolvidas por cintas com carimbo
de Fortaleza, escondidos dentro
da camionete Mitsubishi L200 supostamente comprada por integrantes da quadrilha que assaltou
a caixa-forte do Banco Central.
Havia no veículo R$ 1,615 milhão, sendo que R$ 1,01 milhão fora achado na quinta. Ontem, a PF
localizou dinheiro também dentro das portas traseiras de um Citroën C3 (R$ 1,309 milhão).
Na quinta-feira, a PF havia encontrado dinheiro em uma picape Montana (R$ 2,042 milhão),
suspeita de ter sido comprada pela quadrilha. Todos os três carros
estavam sendo transportados em
um caminhão-cegonha que foi interceptado pela PF na quarta-feira
na BR-040, perto de Sete Lagoas
(MG). No total, a PF encontrou
R$ 4,966 milhões nos três carros.
Ontem, funcionários da Servis,
que faz a vigilância externa do
prédio do BC, prestaram depoimento para esclarecer o serviço
de segurança feito na casa onde
possivelmente foi escondido o dinheiro nos carros. A casa é de Moraes, segundo a PF.
A PF confirmou que investiga o
uso de um veleiro roubado há 30
dias em Natal (RN), na fuga.
No entanto, segundo professor
Alexandre Simos, do departamento de engenharia naval da Escola Politécnica da USP, um veleiro como o roubado em Natal, de
23 pés (7 m), teria muitos problemas com a estabilidade e a velocidade levando uma carga de 3,5 t.
"Você pode colocar toda essa carga num barco como esse. Ele não
vai afundar, mas velejar com esse
peso é outra história. Com 3,5 t, a
chance de um barco desse tamanho virar é muito grande."
Texto Anterior: Outro lado: Defesa afirma que carro e casa não são de dono de transportadora Próximo Texto: Mortes Índice
|