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Retirada da vesícula biliar ajuda a evitar novas crises provocadas pelos cálculos
DA REPORTAGEM LOCAL
A retirada da vesícula biliar
costuma ocorrer após grande
parte das crises de pancreatite,
a fim de evitar um novo surto
que possa ser causado pela presença de cálculos na vesícula.
Especialistas apontam que
cerca de 7% das pessoas tenham cálculos biliares. Porém,
isso nem sempre irá provocar
um caso de pancreatite.
"Mais da metade dos casos de
cálculo é assintomático. As pessoas podem passar a vida toda
sem sentir nada", explica o chefe do Grupo de Fígado, Vias Biliares e Pâncreas da Unifesp,
Edson José Lobo.
Os pacientes que chegam ao
hospital com um quadro de
pancreatite precisam, primeiro, tratar a doença em si.
Só depois da crise, já com o
paciente recuperado, é que é
realizada a retirada da vesícula.
Extrair o pequeno órgão não
prejudica a vida da pessoa, uma
vez que é o fígado, e não a vesícula, que produz a bile, cuja
função é quebrar moléculas de
gordura durante o processo de
digestão no intestino.
A vesícula serve para armazenar uma pequena parte da bile produzida, segundo Lobo,
para uma "situação extra, como
uma feijoada". "Se a vesícula
tem cálculo, ela já nem concentra mais a bile, ela já está doente", afirma o médico.
Acredita-se que os cálculos
biliares sejam formados, principalmente, pelo colesterol.
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