São Paulo, segunda-feira, 13 de agosto de 2007

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Congonhas tem 28% dos vôos cancelados

Pista principal foi fechada das 6h às 6h50 de ontem devido à lavagem do local, onde estão sendo feitas obras de "grooving"

Aeroporto operou por instrumentos até as 10h45, devido à baixa visibilidade; Cumbica teve dia tranqüilo, com cinco cancelamentos

DA REPORTAGEM LOCAL
DA FOLHA ONLINE

Um total de 49 partidas do aeroporto de Congonhas, de 176 programadas, foram canceladas ontem até as 19h, em São Paulo. O número de cancelamentos representa 27,8% dos vôos previstos.
Já a quantidade de atrasos foi menor -ocorreram cinco superiores a uma hora até as 16h, segundo a Infraero, que não explicou a causa dos problemas.
De acordo com a estatal, Congonhas teve a pista principal fechada das 6h às 6h50 de ontem devido à lavagem do local, onde estão sendo executadas obras de "grooving" (ranhuras que auxiliam o escoamento de água).
Os trabalhos de "grooving" ocorrem entre as 23h e as 6h, enquanto o aeroporto está fechado. No entanto, a água não escoou a tempo de a pista estar seca no horário de abertura de Congonhas. Após inspeção, a pista foi liberada.
Mesmo com a pista principal reaberta, Congonhas operou por instrumentos até as 10h45, devido à baixa visibilidade. Anteontem, em razão do mau tempo, a pista principal também ficou sem operar a partir das 18h. Nos dois casos, apenas a pista auxiliar funcionou.
No aeroporto de Cumbica, em Guarulhos, o final de semana foi tranqüilo. Ontem, até as 17h, das 170 partidas programadas, cinco tinham sido canceladas e oito vôos tiveram atrasos de mais de uma hora. Durante a madrugada, dois vôos que deveriam ter descido em Congonhas acabaram pousando em Guarulhos.
O aeroporto internacional Antonio Carlos Jobim (Galeão), no Rio, operou ontem até as 13h45 por instrumentos devido à baixa visibilidade.

Obras em Guarulhos
Uma reunião entre Ministério da Defesa, Infraero e Anac define hoje o cronograma das obras na maior pista do aeroporto de Cumbica, em Guarulhos. O objetivo é antecipar as obras, que iriam começar em setembro, para evitar o fechamento da pista em dezembro, período de férias.
No sábado, o ministro da Defesa, Nelson Jobim, vistoriou os aeroportos de Cumbica, o aeroporto de Jundiaí e o de Viracopos, em Campinas.
Ele disse que obras emergenciais serão realizadas nos três com o objetivo principal de descongestionar Congonhas e fazer com que esse aeroporto volte à sua capacidade normal.
Segundo Jobim, Congonhas chegou a receber 18 milhões de passageiros por ano, quando sua capacidade é de 12 milhões. O congestionamento ocorreu, segundo o ministro, porque "progressivamente Congonhas foi se tornando uma central de distribuição" para o país. Para receber mais vôos, entretanto, os aeroportos de Viracopos e Jundiaí precisam de melhorias.
No primeiro, é necessário ampliar a profundidade do check-in e, no segundo, falta torre de controle e equipamentos como GPS. A idéia é que, enquanto a maior pista de Guarulhos estiver fechada para obras, 21 vôos por hora sejam deslocados para Campinas. Já Jundiaí receberia a aviação geral (transporte não regular, como táxi-aéreo).


Texto Anterior: Lula vetou artigo sobre demissões na Anac
Próximo Texto: IML identifica corpos de piloto e co-piloto da TAM
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.