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Tarifa de água em São Paulo terá aumento de 4,43%
Reajuste, que atinge 364 cidades atendidas pela Sabesp, vale a partir de 11 de setembro
Índice ficou um pouco abaixo do IPCA acumulado desde 2008 e não inclui nova estrutura de custos proposta em julho
DA REPORTAGEM LOCAL
A tarifa da Sabesp será reajustada em 4,43% a partir de 11
de setembro. O aumento, autorizado ontem pela Arsesp
(Agência Reguladora de Saneamento e Energia do Estado de
São Paulo), ainda não inclui a
nova estrutura de custos, proposta em consulta pública
aberta em julho pela agência, o
que permitiria um índice ainda
maior já neste ano.
O índice ficou pouco abaixo
do IPCA (Índice de Preços ao
Consumidor Amplo) acumulado desde o ano passado -4,5%.
A Arsesp queria o reajuste já
com a nova fórmula, que incluiria no cálculo da conta de água
investimentos já feitos e os que
ainda serão realizados na rede
de água e esgoto, em caixas-d'água e estações de tratamento.
Outro item permite que a Sabesp ainda acrescente à tarifa o
custo com empréstimos nacionais e internacionais. Pelo balanço feito até 31 de março, a
empresa deve R$ 6,67 bilhões,
sendo um terço em moeda estrangeira. Agora, o usuário pode ajudar a pagar esses juros.
A agência recuou de usar a
nova estrutura de custos na tarifa após a Folha ter revelado,
em 24 de julho, o plano de mudanças nos cálculos, diz o diretor-presidente da Arsesp, Hugo
Oliveira. O texto informava que
a população só poderia opinar
sobre a mudança até ontem.
"Houve muitas dúvidas e tivemos entidades pedindo até
três meses para estudar a nota
técnica. Vamos sacrificar e deixar para o próximo ano", disse.
Segundo Oliveira, atualmente a tarifa cobre somente os
"custos reconhecidos" da Sabesp, mas "outros não" e, por
conta dessa discrepância, persiste a ideia de fazer o que ele
chama de "correção" de custos
nos próximos anos.
O presidente da Sabesp, Gesner Oliveira, não quis dizer se o
índice é suficiente para a empresa, mas afirma que a revisão
tarifária é uma necessidade.
"Vamos analisar com calma, é
algo para ser feito a longo prazo, gradualmente", afirma.
A empresa opera os serviços
em 366 municípios, mas o reajuste não vale para Lins e São
Bernardo do Campo, que têm
regras diferentes.
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