São Paulo, quinta-feira, 13 de agosto de 2009

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Tarifa de água em São Paulo terá aumento de 4,43%

Reajuste, que atinge 364 cidades atendidas pela Sabesp, vale a partir de 11 de setembro

Índice ficou um pouco abaixo do IPCA acumulado desde 2008 e não inclui nova estrutura de custos proposta em julho

DA REPORTAGEM LOCAL

A tarifa da Sabesp será reajustada em 4,43% a partir de 11 de setembro. O aumento, autorizado ontem pela Arsesp (Agência Reguladora de Saneamento e Energia do Estado de São Paulo), ainda não inclui a nova estrutura de custos, proposta em consulta pública aberta em julho pela agência, o que permitiria um índice ainda maior já neste ano.
O índice ficou pouco abaixo do IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) acumulado desde o ano passado -4,5%.
A Arsesp queria o reajuste já com a nova fórmula, que incluiria no cálculo da conta de água investimentos já feitos e os que ainda serão realizados na rede de água e esgoto, em caixas-d'água e estações de tratamento.
Outro item permite que a Sabesp ainda acrescente à tarifa o custo com empréstimos nacionais e internacionais. Pelo balanço feito até 31 de março, a empresa deve R$ 6,67 bilhões, sendo um terço em moeda estrangeira. Agora, o usuário pode ajudar a pagar esses juros.
A agência recuou de usar a nova estrutura de custos na tarifa após a Folha ter revelado, em 24 de julho, o plano de mudanças nos cálculos, diz o diretor-presidente da Arsesp, Hugo Oliveira. O texto informava que a população só poderia opinar sobre a mudança até ontem.
"Houve muitas dúvidas e tivemos entidades pedindo até três meses para estudar a nota técnica. Vamos sacrificar e deixar para o próximo ano", disse.
Segundo Oliveira, atualmente a tarifa cobre somente os "custos reconhecidos" da Sabesp, mas "outros não" e, por conta dessa discrepância, persiste a ideia de fazer o que ele chama de "correção" de custos nos próximos anos.
O presidente da Sabesp, Gesner Oliveira, não quis dizer se o índice é suficiente para a empresa, mas afirma que a revisão tarifária é uma necessidade. "Vamos analisar com calma, é algo para ser feito a longo prazo, gradualmente", afirma.
A empresa opera os serviços em 366 municípios, mas o reajuste não vale para Lins e São Bernardo do Campo, que têm regras diferentes.


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