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Jovem leva "tijolada" durante briga de alunos de medicina
Com fraturas no rosto, garota de 22 anos teve de passar por
3 horas de cirurgia plástica para a reconstituição de ossos
Pancadaria ocorreu após
partida entre Unicamp e
PUC-Campinas; polícia abriu
inquérito e identificou
suspeito de atirar o objeto
MAURÍCIO SIMIONATO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM CAMPINAS
Uma briga entre estudantes
de medicina da Unicamp e da
PUC-Campinas durante jogos
estudantis em Santa Rita do
Passa Quatro (253 km de SP)
deixou uma estudante de 22
anos com fraturas no rosto,
após ser atingida por um tijolo.
A Polícia Civil abriu inquérito para apurar a agressão. A
pancadaria entre as torcidas foi
na última quinta-feira, após
partida final de handebol no
41º Intermed (torneio esportivo anual de estudantes de medicina), vencida pela Unicamp.
A briga se estendeu pela noite e o dia seguinte, com invasões mútuas de alojamentos e
novas agressões. Houve registro de pelo menos três boletins
de ocorrência. O delegado Domingos Mattos disse que um
aluno do quarto ano da PUC-Campinas é suspeito de atirar o
tijolo. "A identificação foi feita
por um fita com imagens da
briga. Ele responderá por lesão
corporal dolosa [intencional]."
O crime prevê prisão de três
meses a um ano.
A estudante ferida, do segundo ano da Unicamp, passou por
três horas de cirurgia plástica
ontem para reconstituição dos
ossos do rosto. Segundo o Hospital de Clínicas da Unicamp,
ela foi atingida perto do olho
esquerdo, mas não teve a visão
comprometida nem terá seqüelas neurológicas. A mãe dela
afirmou que a família não quer
se manifestar por ora.
O Intermed é organizado por
associações atléticas dos cursos
de medicina. O torneio, com
5.000 estudantes, acabou no
sábado, após uma semana de
jogos entre 12 escolas do Estado.
A briga envolveu entre 30 e
50 pessoas. Estudantes das
duas universidades deram versões diferentes para o caso.
"Depois do jogo, a torcida da
PUC-Campinas bloqueou nossa saída do ginásio enquanto
comemorávamos a vitória. Começaram a atirar pedras e latas
na gente", disse a vice-presidente da associação atlética da
Unicamp, Thais Manzione, 24.
O presidente da associação
atlética da PUC-Campinas,
Milton Kurimori, 23, negou o
bloqueio e afirmou que as duas
torcidas atiraram objetos.
A PUC-Campinas informou
que aguarda a conclusão do inquérito. A Unicamp lamentou
as agressões e disse que o evento é organizado pelas associações. O secretário-geral do Intermed 2007, Fernando Carfa,
da Escola Paulista de Medicina,
disse que uma comissão apurará a briga. Segundo ele, as associações podem ser multadas.
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