São Paulo, quinta-feira, 13 de setembro de 2007

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Jovem leva "tijolada" durante briga de alunos de medicina

Com fraturas no rosto, garota de 22 anos teve de passar por 3 horas de cirurgia plástica para a reconstituição de ossos

Pancadaria ocorreu após partida entre Unicamp e PUC-Campinas; polícia abriu inquérito e identificou suspeito de atirar o objeto

MAURÍCIO SIMIONATO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM CAMPINAS

Uma briga entre estudantes de medicina da Unicamp e da PUC-Campinas durante jogos estudantis em Santa Rita do Passa Quatro (253 km de SP) deixou uma estudante de 22 anos com fraturas no rosto, após ser atingida por um tijolo.
A Polícia Civil abriu inquérito para apurar a agressão. A pancadaria entre as torcidas foi na última quinta-feira, após partida final de handebol no 41º Intermed (torneio esportivo anual de estudantes de medicina), vencida pela Unicamp.
A briga se estendeu pela noite e o dia seguinte, com invasões mútuas de alojamentos e novas agressões. Houve registro de pelo menos três boletins de ocorrência. O delegado Domingos Mattos disse que um aluno do quarto ano da PUC-Campinas é suspeito de atirar o tijolo. "A identificação foi feita por um fita com imagens da briga. Ele responderá por lesão corporal dolosa [intencional]." O crime prevê prisão de três meses a um ano.
A estudante ferida, do segundo ano da Unicamp, passou por três horas de cirurgia plástica ontem para reconstituição dos ossos do rosto. Segundo o Hospital de Clínicas da Unicamp, ela foi atingida perto do olho esquerdo, mas não teve a visão comprometida nem terá seqüelas neurológicas. A mãe dela afirmou que a família não quer se manifestar por ora.
O Intermed é organizado por associações atléticas dos cursos de medicina. O torneio, com 5.000 estudantes, acabou no sábado, após uma semana de jogos entre 12 escolas do Estado.
A briga envolveu entre 30 e 50 pessoas. Estudantes das duas universidades deram versões diferentes para o caso.
"Depois do jogo, a torcida da PUC-Campinas bloqueou nossa saída do ginásio enquanto comemorávamos a vitória. Começaram a atirar pedras e latas na gente", disse a vice-presidente da associação atlética da Unicamp, Thais Manzione, 24.
O presidente da associação atlética da PUC-Campinas, Milton Kurimori, 23, negou o bloqueio e afirmou que as duas torcidas atiraram objetos.
A PUC-Campinas informou que aguarda a conclusão do inquérito. A Unicamp lamentou as agressões e disse que o evento é organizado pelas associações. O secretário-geral do Intermed 2007, Fernando Carfa, da Escola Paulista de Medicina, disse que uma comissão apurará a briga. Segundo ele, as associações podem ser multadas.


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