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Assalto ao lado do Teatro Municipal deixa dois feridos
Office-boy de 19 anos e vigia de 29 ficaram gravemente feridos; o primeiro havia reagido a uma tentativa de assalto
Durante os tiros, pessoas
entraram em pânico e se deitaram no chão para
se protegerem das balas;
dois suspeitos foram presos
KLEBER TOMAZ
DA REPORTAGEM LOCAL
Um office-boy e um vigia foram baleados e feridos gravemente ontem à tarde por dois
homens após o primeiro reagir
a uma tentativa de assalto ao lado do Teatro Municipal, que fica a 300 metros da Prefeitura
de São Paulo, no centro.
Durante os disparos -pelo
menos cinco, segundo testemunhas-, houve pânico e correria. O crime ocorreu por volta
das 15h30, horário de grande
movimentação na região. Várias pessoas, inclusive crianças,
jogaram-se ao chão para se proteger dos tiros.
Quem estava no local, próximo ao cruzamento das ruas
Conselheiro Crispiniano e 24
de Maio, se assustou. "Foi uma
correria geral. Teve gente que
até deitou no chão", disse um
camelô. "Foi muito rápido. Vi o
vigia rodopiando e caindo. Ele
não tinha nada a ver com a história, não reagiu", afirmou a
operadora de telemarketing
Aline Cardoso, 21.
Um suspeito de envolvimento com o crime foi preso pela
Guarda Civil Metropolitana
com uma arma calibre 38. Testemunhas, porém, não o reconheceram como um dos autores do tiroteio. O outro criminoso continuava foragido até a
conclusão desta edição.
Bolsa com R$ 1 mil
De acordo com a versão apresentada pela Polícia Civil, o office-boy Paulo Cesar Pereira de
Almeida, 19, teria se recusado a
dar uma bolsa com cerca de R$
1 mil e foi baleado no pescoço,
na altura da coluna. Ele corre
risco de ficar paralítico.
A outra vítima foi o vigia do
teatro Claudio José Santos, 29,
que estava desarmado no estacionamento do local e foi atingido na cabeça por uma bala
perdida, segundo a polícia.
Até ontem à noite, os dois baleados estavam internados na
Santa Casa de Misericórdia, no
centro. De acordo com o hospital, o office-boy seria operado e
o vigia fora submetido a uma
tomografia computadorizada.
Segundo a Polícia Civil, Almeida foi atacado por Wesley
Garcez Souza, 18, e por outro
homem quando saía da Editora
Nova Dimensão Jurídica, onde
trabalha, na Conselheiro Crispiniano, ao lado do teatro.
Um funcionário do teatro,
que pediu para não ser identificado, disse acreditar em "acerto de contas" porque os supostos assaltantes "atiraram várias
vezes no jovem e não levaram
nada dele." A polícia não acredita nessa versão.
"Foi uma tentativa de assalto
e, possivelmente, a vítima reagiu", disse a delegada Patrícia
Fernandes, do 3º Distrito Policial, na Santa Ifigênia (centro
de SP). Segundo a delegada, o
preso confessou, em depoimento, a participação no crime.
Colaborou o "Agora"
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