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TAM operou o vôo 3054 com mais assentos que o previsto
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A TAM operou o Airbus A-320 que se acidentou em Congonhas com número de assentos superior ao que estava autorizado pela Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) para a
realização do vôo 3054, que ia
de Porto Alegre a São Paulo.
Segundo o "Hotran" (documento que formaliza a concessão da linha), o avião estava autorizado a ter 162 assentos. Mas
o A-320 tinha 174 assentos.
A CPI do Apagão Aéreo analisou dezenas de Hotrans da
TAM e quase todos os vôos de
A-320 estão autorizados com
162 assentos.
A informação levantou outra
polêmica: 187 pessoas estavam
a bordo. Tirando os dois comandantes e quatro comissárias, restaram 181 passageiros.
Porém, a TAM sempre fez a
distinção entre os 163 "passageiros pagantes", sendo duas
crianças de colo, e os outros 18
"funcionários".
Segundo a empresa, a prática
é legal porque esses passageiros
eram "tripulantes não-operantes". De acordo com a Folha
apurou, existe apenas tripulação e passageiros.
A CPI investiga se a TAM
violou a legislação aeronáutica.
À reportagem, a TAM disse
que o peso do avião estava dentro do limite permitido.
A Anac, responsável pela fiscalização das concessões das linhas, afirmou que a empresa
pode mudar a configuração de
assentos, desde que autorizada
pelo fabricante do avião. Mas a
agência não deu resposta sobre
qual regra é superior, a do manual da empresa ou o documento de concessão.
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