São Paulo, quinta-feira, 13 de setembro de 2007

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TAM operou o vôo 3054 com mais assentos que o previsto

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A TAM operou o Airbus A-320 que se acidentou em Congonhas com número de assentos superior ao que estava autorizado pela Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) para a realização do vôo 3054, que ia de Porto Alegre a São Paulo.
Segundo o "Hotran" (documento que formaliza a concessão da linha), o avião estava autorizado a ter 162 assentos. Mas o A-320 tinha 174 assentos.
A CPI do Apagão Aéreo analisou dezenas de Hotrans da TAM e quase todos os vôos de A-320 estão autorizados com 162 assentos.
A informação levantou outra polêmica: 187 pessoas estavam a bordo. Tirando os dois comandantes e quatro comissárias, restaram 181 passageiros.
Porém, a TAM sempre fez a distinção entre os 163 "passageiros pagantes", sendo duas crianças de colo, e os outros 18 "funcionários".
Segundo a empresa, a prática é legal porque esses passageiros eram "tripulantes não-operantes". De acordo com a Folha apurou, existe apenas tripulação e passageiros.
A CPI investiga se a TAM violou a legislação aeronáutica.
À reportagem, a TAM disse que o peso do avião estava dentro do limite permitido.
A Anac, responsável pela fiscalização das concessões das linhas, afirmou que a empresa pode mudar a configuração de assentos, desde que autorizada pelo fabricante do avião. Mas a agência não deu resposta sobre qual regra é superior, a do manual da empresa ou o documento de concessão.


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