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Após motim, presos ficam sem camas e em celas soldadas
DA AGÊNCIA FOLHA, EM SÃO JOSÉ DOS
CAMPOS
A penitenciária Orlando
Brando Filinto, em Iaras (282
km de SP), está destruída após
rebelião de presos ocorrida há
dez dias, de acordo com o Sifusfesp (Sindicato dos Funcionários dos Sistema Prisional do
Estado de São Paulo). A SAP
(Secretaria da Administração
Penitenciária), em São Paulo,
não confirmou nem negou a informação, alegando razões de
segurança.
Metade dos 1.380 detentos
que cumprem pena no local estão em celas fechadas com solda, mas sem camas. Outra parte
dorme em quadras ao relento,
sob cobertura de uma lona de
plástico, segundo o Sifusfesp.
Segundo uma funcionária do
sindicato, que pediu anonimato, grupos de 20 presos ocupam
celas onde cabem apenas seis.
Na rebelião do último dia 3, detentos quebraram as portas de
todas as celas e incendiaram
colchões e outros objetos, segundo o coordenador da Pastoral Carcerária em São Paulo,
padre Valdir Silveira.
Na ação, três agentes penitenciários foram feitos reféns e
foram libertados pela tropa de
choque da Polícia Militar. Os
agentes e quatro detentos se feriram no motim. Os presos fizeram a rebelião em protesto
contra a superlotação, precariedade do atendimento médico e um suposto episódio de espancamento de detentos.
O sindicato teme uma fuga
em massa que coloque "a vida
de pessoas em risco". A SAP
não confirma informação sobre
transferência de integrantes do
PCC (Primeiro Comando da
Capital) para unidades mais rígidas em Presidente Venceslau
(SP), conforme noticiou o jornal "O Estado de S.Paulo".
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