São Paulo, sábado, 13 de setembro de 2008

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Após motim, presos ficam sem camas e em celas soldadas

DA AGÊNCIA FOLHA, EM SÃO JOSÉ DOS CAMPOS

A penitenciária Orlando Brando Filinto, em Iaras (282 km de SP), está destruída após rebelião de presos ocorrida há dez dias, de acordo com o Sifusfesp (Sindicato dos Funcionários dos Sistema Prisional do Estado de São Paulo). A SAP (Secretaria da Administração Penitenciária), em São Paulo, não confirmou nem negou a informação, alegando razões de segurança.
Metade dos 1.380 detentos que cumprem pena no local estão em celas fechadas com solda, mas sem camas. Outra parte dorme em quadras ao relento, sob cobertura de uma lona de plástico, segundo o Sifusfesp.
Segundo uma funcionária do sindicato, que pediu anonimato, grupos de 20 presos ocupam celas onde cabem apenas seis. Na rebelião do último dia 3, detentos quebraram as portas de todas as celas e incendiaram colchões e outros objetos, segundo o coordenador da Pastoral Carcerária em São Paulo, padre Valdir Silveira.
Na ação, três agentes penitenciários foram feitos reféns e foram libertados pela tropa de choque da Polícia Militar. Os agentes e quatro detentos se feriram no motim. Os presos fizeram a rebelião em protesto contra a superlotação, precariedade do atendimento médico e um suposto episódio de espancamento de detentos.
O sindicato teme uma fuga em massa que coloque "a vida de pessoas em risco". A SAP não confirma informação sobre transferência de integrantes do PCC (Primeiro Comando da Capital) para unidades mais rígidas em Presidente Venceslau (SP), conforme noticiou o jornal "O Estado de S.Paulo".


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