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FOCO
Imóveis urbanos preservam áreas verdes em Curitiba
DIMITRI DO VALLE
DE CURITIBA
Um projeto voltado para
conservar áreas verdes em
imóveis urbanos de Curitiba
e região metropolitana já
contabiliza cerca de 17 km2 livres de agressão ambiental.
A área protegida, espalhada por 51 propriedades particulares, equivale a cerca de
2.300 campos de futebol.
O projeto, chamado Condomínio da Biodiversidade, é
tocado por ambientalistas,
proprietários dos terrenos e
pelo poder público.
A depender de cada caso,
o dono da área pode ter isenção total ou parcial do IPTU
(Imposto Predial e Territorial
Urbano) como forma de incentivo à conservação das
áreas verdes. O tamanho do
desconto no imposto depende do grau de conservação.
Nas áreas preservadas, há
bosques com árvores como a
araucária, símbolo do Paraná, e nascentes de água.
A ideia é ampliar em 300 o
número de unidades protegidas até 2011, quando o projeto completará 11 anos.
Com base num cadastro de
imóveis fornecido pela prefeitura, membros das ONGs
Mater Natura e SPVS (Sociedade de Pesquisa em Vida
Selvagem) visitam os terrenos e contatam os donos para saber se têm interesse em
aderir à iniciativa.
O fornecimento do cadastro, que começou em 2007,
aumentou a quantidade de
adesões em 50%, dizem os
organizadores.
BIODIVERSIDADE
A bióloga Elenise Angelotti Cipinski, da SPVS, afirma
que existem áreas dentro do
projeto que fazem divisa com
parques e matas nativas da
região, ajudando a manter
um corredor de biodiversidade para a proteção de animais e plantas.
Nas áreas envolvidas no
condomínio, já foram encontradas também espécies animais, entre elas macaco bugio, veado e pássaros.
PATRIMÔNIO
A terapeuta Terezinha Vareschi aderiu ao projeto Condomínio da Biodiversidade
há dois anos. O bairro onde
fica a área preservada, de 36
mil metros quadrados, tem
sido assediado pela construção de condomínios.
Terezinha diz também ter
recebido propostas de compra, mas se recusado a vender. "Gostaria que esse patrimônio natural ficasse para as
gerações futuras", afirma a
terapeuta.
"Vale a pena participar do
projeto porque o cidadão se
torna um condômino de sua
própria cidade para ajudar a
preservá-la."
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