São Paulo, terça-feira, 13 de setembro de 2011

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Alckmin quer ajuda de Dilma para duplicar Tamoios

Governo paulista pede à União que assuma obras de ligação com a Rio-Santos em Ubatuba e São Sebastião

Estado diz que projeto interessa à Petrobras e ao Ferroanel; parceria seria a 4ã de petista e tucano em transportes


JOSÉ BENEDITO DA SILVA
DE SÃO PAULO

O governo de SP pediu à União que assuma duas obras viárias estimadas em R$ 1,5 bilhão no litoral norte para viabilizar a duplicação integral da rodovia dos Tamoios.
Se isso ocorrer, será a quarta parceria em projetos estratégicos de transporte entre as gestões de Geraldo Alckmin (PSDB) e Dilma Rousseff (PT).
Hoje, os dois assinam a liberação de R$ 2,6 bilhões pela União para o trecho norte do Rodoanel e a ampliação da hidrovia Tietê-Paraná. Ambos já haviam acertado parceria para o Ferroanel, de R$ 1,2 bilhão.
A duplicação da Tamoios é estratégica para SP por desafogar o tráfego de turistas para o litoral norte e, principalmente, viabilizar a ampliação do porto de São Sebastião.
O projeto é dividido em três partes, sendo que a primeira, a duplicação de 49 km do trecho de planalto, já está sendo licitada pelo Estado. A segunda, que Alckmin promete tocar, mas sem prazo fixado, é duplicar o trecho de serra, de 23 km -R$ 2,9 bilhões.
Caberia à União a terceira parte: a construção de dois contornos viários que ligariam a Tamoios a pontos da rodovia Rio-Santos (SP-55) fora do aglomerado urbano Caraguatatuba-São Sebastião.
Um desembocaria no sentido de Ubatuba e facilitaria o fluxo de turistas. Já o outro chegaria próximo ao acesso ao porto, em São Sebastião, e ajudaria também quem vai às praias da costa sul como Maresias e Boiçucanga.
Um dos argumentos levados à União pelo secretário de Logística e Transportes, Saulo de Castro Abreu Filho, é que o investimento pode ser recuperado com a concessão das ligações à iniciativa privada, como será na Tamoios.
Outro argumento é que as obras viabilizam o porto, estratégico para a Petrobras -que tem bases de gás e petróleo na região-, principalmente pelo esperado incremento em razão do pré-sal.
Além disso, diz, as obras fortalecerão o Ferroanel, já que a Tamoios é a única ligação entre o anel ferroviário e o porto de São Sebastião.
Ele alega também que a Rio-Santos é federal -é parte da BR-101, que corta toda a costa brasileira, mas em SP é gerenciada pelo Estado. "O governo federal já investe na BR-101 [em outros Estados]", diz. A União avalia o pedido.


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