São Paulo, domingo, 13 de setembro de 1998

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Droga não traz risco de câncer

especial para a Folha

Uma alternativa para as mulheres que fazem reposição hormonal foi lançada no início desse ano no Brasil e nos EUA. É o raloxifeno -um modulador seletivo dos receptores de estrógenos (SERM).
O estrógeno se liga aos tecidos do corpo por meio de pequenos receptores -com um mecanismo semelhante à entrada de uma chave em uma fechadura. Acontece que esses receptores guardam algumas diferenças entre si de uma parte para outra no organismo.
Assim, essa nova classe de medicamentos atua seletivamente sobre alguns receptores do hormônio feminino e bloqueia a atividade dos estrógenos em outros.
O raloxifeno traz os benefícios dos estrógenos, como prevenir a osteoporose e melhorar o nível do colesterol, o que protege contra problemas como fraturas e doenças cardíacas. Além disso, ele não traz risco de câncer em mamas e útero. Ele bloqueia o crescimento dos tecidos nesses órgãos.
Por outro lado, ele deixa a desejar no alívio de alguns sintomas que podem atrapalhar muito a vida das mulheres na menopausa como ondas de calor, irritabilidade, perda da libido, dor na relação sexual etc. Por isso, ele não deve ser a melhor alternativa para mulheres que têm esses sintomas com uma intensidade muito alta.
Estudos com mais de 18 mil mulheres apontam que o raloxifeno é o primeiro componente de uma nova classe de remédios que prometem ajudar as mulheres na menopausa. Outros SERMs estão no "forno" dos laboratórios: droloxifeno, idoxifeno e toremifeno são alguns. (JB)



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