DA SUCURSAL DO RIO

Com a morte dos dois PMs ontem, subiu para 102 o número de policiais assassinados no Estado do Rio em 2004. No ano passado, 154 policiais foram mortos.
Os sucessivos ataques levaram a Associação Nacional dos Policiais Militares a enviar, há dois meses, um pedido à Câmara dos Deputados para que seja instaurada uma CPI sobre a questão. Não houve resposta.
Das 102 vítimas, 86 eram policiais militares e 16 eram policiais civis. A maioria (68) morreu durante a folga ou trabalhando num segundo emprego ou porque foi reconhecido por criminosos.
Em média, um policial é morto a cada 17 horas no Brasil, uma proporção superior a países como a Colômbia, que enfrenta uma guerrilha há mais de 50 anos, e os EUA, que têm quase o dobro da população brasileira.
Nos últimos sete dias, quatro policiais foram assassinados no Estado do Rio.
Na quinta-feira, o tenente-coronel Francisco Arantes Guimarães, 50, foi morto com seis tiros em sua casa, na cidade de Saquarema (a 100 km do Rio). Ele estava na companhia da mulher quando foi abordado por três homens armados, que anunciaram o assalto. Quando viram a carteira policial de Guimarães, os ladrões decidiram matá-lo, segundo as investigações policiais.

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