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FURTO DO BC
Corregedoria e PF investigam falha em registro de morte
ANDRÉ CARAMANTE
DA REPORTAGEM LOCAL
A Corregedoria da Polícia
Civil de São Paulo e a Polícia
Federal querem descobrir
quem tinha interesse em liberar toda a documentação
para que o mecânico Evandro José das Neves, 37, fosse
enterrado com uma identidade falsa, em nome de
Evandro Jeremias da Silva,
no dia 4 deste mês.
Conhecido como Botina,
Neves era integrante da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital), tinha como área de atuação a
favela Alba (zona sul de São
Paulo) e estava com a prisão
preventiva decretada pela
Justiça Federal do Ceará por
suspeita de participação no
furto dos R$ 164,8 milhões
do Banco Central de Fortaleza, em agosto de 2005.
No último dia 3, Botina foi
morto com um tiro na boca
em um beco da favela e o assassinato foi registrado no
boletim de ocorrência nº
7901/2006 no 35º DP (Jabaquara). Mesmo com passagens anteriores pela polícia
por roubo a banco, formação
de quadrilha, homicídio e receptação, Botina não teve
suas informações datiloscópicas cruzadas com o banco
de dados da Polícia Civil.
Com o erro, as autoridades
que deveriam descobrir
quem o matou não sabiam
que ele era um dos procurados pelo furto ao BC. Como
fazer o cruzamento das digitais de alguém que é assassinado é um procedimento comum, justamente para se ter
certeza de que quem morreu
é, de fato, o dono dos documentos que portava, as autoridades que investigam o furto ao BC tentam descobrir
quem tem interesse de que
Botina não fosse reconhecido. A Secretaria da Segurança Pública não se manifestou
sobre o erro.
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