|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
outro lado
Estado prevê criar 35 mil vagas até 2010
Serão 45 novas unidades em 2 anos, diz gestão Serra; Secretaria da Segurança Pública diz que continuará a desativar carceragens
DA REPORTAGEM LOCAL
O Estado de São Paulo deverá
ter, até 2010, 45 novas unidades prisionais e cerca de 35 mil
vagas a mais, segundo a assessoria de imprensa do governador José Serra (PSDB). Há 146
unidades atualmente.
Por meio de nota, o governo
disse que o Orçamento de 2009
prevê R$ 2,37 bilhões para a Secretaria da Administração Penitenciária, 24% a mais do que
o aplicado neste ano.
A ampliação é necessária
"para dar conta do aumento do
número de presos", diz a nota.
O documento confirma que São
Paulo tem 145 mil presos, mas
alega "questões de segurança"
para não dizer quantos detentos há em cada unidade.
O governo diz que entregou
quatro unidades prisionais desde 2007 e está concluindo as
obras de mais três. Outras três
unidades estão em fase de licitação e 14 terão as obras iniciadas até o final de 2009. Ao todo,
serão 17.678 vagas.
A Folha procurou o secretário da Administração Penitenciária, Antonio Ferreira Pinto.
Desde o dia 6, enviou por e-mail à assessoria de imprensa
dele 62 pedidos de entrevista,
mas ele não se manifestou.
O secretário da Segurança
Pública, Ronaldo Marzagão, informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que a desativação das carceragens da pasta
tem ocorrido desde 2000,
"ininterruptamente".
Em 31 de dezembro de 2000,
havia 32.319 presos sob responsabilidade da pasta; hoje,
há 10.574. A secretaria diz ter
desativado 209 carceragens.
O Estado tem hoje 217 unidades prisionais vinculadas à
Segurança Pública, com 6.218
vagas, diz a pasta. O déficit é de
4.356. Dessas 217 carceragens,
58 são de "trânsito", ou seja,
"para o acolhimento provisório
e temporário" até encaminhamento para unidades da SAP.
"O programa de desativação
de carceragens avança à medida em que a SAP cria novas vagas, seja por medidas administrativas ou pela construção de
novas unidades. A desativação
de todas as carceragens -exceto as de trânsito e as especiais-
permitirá que a Polícia Civil se
dedique à sua missão estratégica: atender à população e investigar crimes", finalizou.
(AC)
Texto Anterior: Censo mostra que maioria dos presos de SP é branca Próximo Texto: Defensores Públicos de SP devem iniciar paralisação de 5 dias hoje Índice
|