São Paulo, quinta-feira, 13 de outubro de 2011

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Após blitz, valet ainda para carro na rua

Mesmo após ação da polícia na semana passada, manobristas continuam enganando clientes na Vila Madalena

Reportagem flagrou ao menos sete veículos sendo deixados em vias afastadas; polícia diz que monitora o bairro

REYNALDO TUROLLO JR.
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Depois de ser palco de uma megablitz que deteve manobristas e um dono de valet na semana passada, a Vila Madalena, na zona oeste de São Paulo, continua a mesma. Na última terça-feira, véspera de feriado e noite de bares lotados no bairro, manobristas ainda estacionavam veículos de clientes na rua.
A reportagem flagrou ao menos sete carros deixados em valets sendo parados por manobristas na rua Simpatia. A via fica fora da área de bares e, portanto, fora do campo de visão dos clientes. Ela é guardada por funcionários, que se comunicam usando rádios e celulares. Quando o cliente sai do bar, esses funcionários são avisados e levam o carro até a metade do caminho, onde outro manobrista -este, uniformizado- o leva até o dono.
Ruas no entorno da praça Senador Lineu Prestes, como a Zapara e a Morás, também continuaram a ser usadas pelos manobristas e lotaram. O serviço de valet no bairro custa entre R$ 15 e R$ 20.

FISCALIZAÇÃO
Os valets da Vila Madalena foram alvos de blitz da Polícia Civil na última quinta. A ação expôs o "loteamento" das ruas da região pelas empresas, que chegavam a reservar vagas nas ruas com cones, horas antes do movimento dos bares começar.
As empresas diziam aos clientes que paravam os veículos em locais fechados. Na blitz, oito pessoas foram detidas para prestar depoimento e depois liberadas. O dono de um valet foi preso sob suspeita de estelionato -a polícia não soube dizer ontem se ele permanecia preso. O delegado Aloizio Pires de Araújo, da Divisão de Crimes de Trânsito, reconhece que a prática continua no bairro, mas afirma que a polícia está monitorando a região.
Segundo ele, seis valets que foram alvo da blitz estão sob investigação. A polícia pretende ampliar as ações para outros bairros. Araújo diz que não pode fechar administrativamente as empresas irregulares, mas pode pedir o fechamento à prefeitura se a prática de estacionar na rua continuar.
Já a prefeitura, questionada se tomará alguma providência, informa que faz fiscalização de rotina e que "está estudando" alguma ação. A Coordenação das Subprefeituras pediu que os clientes denunciem pelo telefone 156 os valets que não apresentarem licença de funcionamento. A licença deve ficar afixada em local visível.


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