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TJ mantém condenação de ex-guarda-civil morto em 98
Tribunal anulou contagem de votos que o inocentou
DA REPORTAGEM LOCAL
O ex-policial Mauro Henrique Queiroz, morto em 1998
aos 69 anos, passou a ser considerado ontem, novamente, como um condenado da Justiça
por um crime que a própria vítima diz que ele não cometeu.
Em sessão realizada pelo Tribunal de Justiça de São Paulo, a
pedido do desembargador Damião Cogan, os desembargadores decidiram anular a contagem de votos do julgamento e o
acórdão publicados em 2008
que inocentavam o policial.
De acordo com os magistrados, não se sabe por que esses
documentos foram publicados
errados e que, "por maioria de
votos", eles indeferiram "a revisão" solicitada pela família
Queiroz e mantiveram a condenação. O fato de a vítima Sônia
Brasil, hoje com 64 anos, testemunhar pela inocência de
Mauro não foi suficiente para
convencê-los.
Os novos documentos deverão ser redigidos e publicados
nos próximos dias.
De acordo com dois desembargadores ouvidos pela Folha,
que pediram anonimato, essa
modificação é irregular porque,
entre vários motivos, o acórdão
errado transitou em julgado há
19 meses e não poderia ser revisto apenas com uma petição
apresentada por Cogan. Deveria ser feita pelas partes, ou Ministério Público ou advogados,
em tempo hábil.
O erro retificado ontem foi
descoberto após reportagem
sobre o ex-guarda na Folha.
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