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Falta de legislação amplia polêmica
DA AGÊNCIA FOLHA
A polêmica sobre os bingos não
é nova e há ações contra o funcionamento deles por todo o país.
Em 2000, o dispositivo da Lei
Pelé, que regulamentava o funcionamento dos bingos, foi revogado
pelo Congresso Nacional. Sem
uma legislação específica, os bingos funcionam amparados em liminares judiciais.
Atualmente, um grupo interministerial coordenado pela Casa
Civil com representantes da Receita Federal, Polícia Federal, Caixa Econômica Federal e Ministério do Esporte está discutindo
uma proposta de regulamentação
para a atividade.
Enquanto isso, no Piauí, por
exemplo, o Ministério Público entrou com uma ação civil pública
na Justiça Federal anteontem pedindo a suspensão da comercialização do Bingo Piauí Dá Sorte,
uma espécie de bingo eletrônico,
cuja extração é transmitida ao vivo pela TV. O primeiro sorteio estava previsto para amanhã.
De acordo com o procurador da
República Tranvanvan Feitosa,
autor da ação, apenas a União,
por meio da Caixa Econômica Federal, tem competência para administrar bingos.
O bingo é administrado pela Lotepi (Loteria do Estado do Piauí),
com base em um decreto do governador Wellington Dias (PT),
que autorizou o seu funcionamento. Na ação, foi pedida também a apreensão das cartelas, o
ressarcimento de quem as comprou e multa para o Estado.
Alagoas
O Ministério Público de Alagoas
fez uma representação à Procuradoria Geral da República, em Brasília, contra o funcionamento dos
bingos e de jogos em geral, também regularizados por um decreto do governo do Estado.
A concessão para o funcionamento dos bingos no Estado é dado pela Loteal (Loteria do Estado
de Alagoas) por meio de licitação.
Segundo o promotor Maurício
Pitta, um dos autores da ação, a
procuradoria geral ainda não se
manifestou sobre o caso.
Em setembro, o Ministério Público de Minas Gerais entrou com
uma ação civil pública pedindo a
dissolução da Abrabin (Associação Brasileira de Bingos), sob a
alegação de que "é notória a atividade da associação na defesa da
atividade ilícita de exploração de
casas de bingos".
Os promotores entendem que o
funcionamento dos bingos se tornou ilegal a partir de 31 de dezembro do ano passado, quando expirou as autorizações de funcionamento dadas pela Caixa Econômica Federal.
Liminar do ministro do STF
(Supremo Tribunal Federal) Marco Aurélio Mello garantiu, em outubro, a continuidade do funcionamento dos bingos no Rio. A atividade é questionada pelo Ministério Público Federal, que chegou
a conseguir na Justiça a ordem
para fechar pelo menos 39 estabelecimentos no Rio e em Niterói.
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