São Paulo, segunda-feira, 13 de dezembro de 2004

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RS tem vaga para deficientes e alunos carentes

DA AGÊNCIA FOLHA, EM PORTO ALEGRE

A Uergs (Universidade do Estado do Rio Grande do Sul), criada há três anos para suprir carências socioeconômicas no Estado, adotou um sistema de cotas diferente.
Na universidade, 50% das vagas são reservadas para pessoas cuja renda per capita familiar seja inferior a R$ 338 e 10%, para deficientes físicos. Não há cotas raciais.
Camila Lutckmeier, 22, aluna de engenharia de bioprocessos e biotecnologia, ingressou na Uergs na cota para alunos carentes. ""Tenho mais incentivo ainda por causa da oportunidade que se abriu. Não há distinção entre quem entrou na cota e quem não entrou", diz ela, que tem média 96,87 e é a primeira no ranking do curso.
A Uergs tem 3.598 alunos e iniciou levantamento criterioso dos índices de evasão. Resultados preliminares indicam que dos 1.040 alunos de baixa renda que entraram em três anos, 934 permanecem. De 46 deficientes, há 36.
"Um número expressivo desses alunos já está estagiando ou foi contratado por empresas ou órgãos públicos", afirma o reitor da Uergs, Nelson Boeira.
Para os deficientes físicos, a Uergs instalou rampas, banheiros adaptados e elevadores em alguns prédios. Além disso, formou turmas especiais para atender a alunos reprovados durante o curso.

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