São Paulo, terça-feira, 13 de dezembro de 2005

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POLÍCIA

Técnico de enfermagem vai ficar preso

CRISTINA TARDÁGUILA FERREIRA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DO RIO

O técnico de enfermagem Abraão José Bueno, acusado de de ter provocado a morte de quatro crianças no Instituto de Puericultura e Pediatria Martagão Gesteira, da Universidade Federal do Rio de Janeiro, foi preso preventivamente após denúncia apresentada pelo Ministério Público Federal à 8ª Vara Federal Criminal.
O técnico de enfermagem já estava preso e deve continuar na cadeia até o julgamento do caso.
Bueno teria injetado sedativos, barbitúricos e bloqueadores musculares de forma indevida em quatro crianças de até 12 anos.
Ele também é acusado de tentar provocar outras quatro mortes de crianças no mesmo instituto.
Após reunir provas obtidas no inquérito da Polícia Federal, o procurador da República Jaime Mitropoulos apresentou denúncia por homicídios triplamente qualificados à 8ª Vara Federal, alegando que as vítimas não tiveram como se defender.
O julgamento será feito no Tribunal do Júri Federal por se tratar de um caso de homicídio.

Plantões
A história de Bueno veio à tona quando a equipe da emergência do Instituto de Puericultura e Pediatria Martagão Gesteira, que atende a uma média de 3.300 crianças por mês, começou a desconfiar dos diversos episódios de parada respiratória de crianças nos plantões em que o técnico de enfermagem trabalhava.
Um dos casos aconteceu com o filho de Rosinete de Souza, Lucas, de dois anos. A mãe viu o enfermeiro aplicando uma injeção no menino e percebeu que, cerca de 20 minutos depois, ele não respirava mais -teve parada cardíaca e morte cerebral três dias depois.
Em alguns casos, as crianças chegaram ao centro apresentando apenas conjuntivite ou asma, quadros que não justificam paradas respiratórias repentinas.


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