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Com 90 testes, nota de corte cresce na Fuvest
Proporcionalmente, candidatos precisaram acertar mais questões para serem convocados para a segunda fase do vestibular
A maior exigência para a classificação ocorreu em 56 carreiras, em relação ao ano passado, quando a primeira fase teve cem testes
FÁBIO TAKAHASHI
FERNANDA NOGUEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL
Os candidatos que passaram
para a segunda fase do vestibular da Fuvest tiveram de acertar um percentual maior da
prova em relação ao ano anterior. É o que apontam as notas
de corte do exame para ingresso em 2007, divulgadas ontem.
Apesar de as notas mínimas
para a classificação serem menores em valores absolutos,
elas correspondem a um percentual maior da prova, pois o
exame teve dez questões a menos (de cem para 90).
Levantamento feito pela Folha mostra que nas 15 carreiras
com as maiores notas de corte
os vestibulandos tiveram de
acertar uma proporção maior.
Medicina, carreira na qual se
exige o maior desempenho,
exemplifica tal constatação: o
aluno teve de acertar ao menos
73% das questões (73 perguntas em cem) na prova para ingresso em 2006; neste vestibular, ele precisou de 78,9% de
acerto (71 perguntas em 90).
Foi nessa carreira também
que houve a maior nota obtida
na primeira fase -um candidato acertou 87 das 90 questões.
A tabulação mostra ainda
que, no total, a maior exigência
para a classificação neste ano
ocorreu em 56 carreiras. Em
duas, a nota de corte proporcional foi igual, e menor em 44.
O aumento da pontuação mínima para a classificação mostra uma inversão em relação ao
período anterior, quando a nota de corte caiu em 91 carreiras.
A pró-reitora de graduação
da USP, Selma Garrido Pimenta, afirmou ontem que ainda
não havia feito uma "análise
técnica" dos dados. Ela disse
apenas que as notas de corte
não haviam surpreendido e que
a universidade está satisfeita
com as mudanças.
Neste ano, 142.656 se inscreveram no vestibular- 16,3% a
menos do que no ano passado,
com 170.474. Do total, 34.177
irão para a segunda fase.
A lista com os classificados
será publicada pela Folha no
sábado. Eles disputam 10.202
vagas na USP, 180 na Academia
de Polícia Militar do Barro
Branco e cem na Santa Casa.
Repercussão
"Se a nota de corte da maioria
das carreiras aumentou em
porcentagem, quer dizer que a
prova foi mais fácil do que no
ano passado", afirmou o coordenador do curso e colégio Objetivo, Antonio Mario Salles.
"Todo mundo sentiu que a
prova foi mais fácil", afirmou o
coordenador de vestibulares do
Anglo, Alberto Nascimento. "O
tempo também influenciou. A
Fuvest manteve as cinco horas,
mas diminuiu para 90 questões. Os alunos tiveram mais
tempo para a resolução."
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