São Paulo, domingo, 13 de dezembro de 2009

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JOANNA PARISI LOMBARDI (1921-2009)

A mãe de Lombardi morreu 7 dias após o filho

ESTÊVÃO BERTONI
DA REPORTAGEM LOCAL

Joanna Parisi vivia no Bixiga, centrão de SP, quando conheceu Américo Lombardi, alfaiate e morador da Lapa, na zona oeste da capital. Namoro vai, namoro vem, casaram-se -ela tinha apenas 17 anos na época. De aluguel, instalaram-se numa casa no bairro italiano dela. O sonho de Joanna era ter tido casa própria, conta Reinaldo, um dos filhos. A clientela formada pelo marido era boa: poderiam ter comprado tantas casas que daria uma vila. Mas Américo não administrava bem as receitas.
Foram quatro filhos. Um deles, Luiz Lombardi Neto, tornou-se o locutor de Silvio Santos. Joanna, às vezes, pedia para o filho conversar com o patrão. Quem sabe ele não a ajudava com a casa? Em 1995, o marido morreu, de Alzheimer. Joanna morou um tempo com um filho até se mudar para uma clínica. Há uns três anos, a família a visitou no Dia das Mães e a encontrou triste. Reinaldo a levou para casa.
Voltou assim a ouvir suas canções italianas e seu Roberto Carlos. Nos churrascos, pedia para beber cerveja. No começo do ano, sofreu dois AVCs (acidentes vasculares cerebrais) e esteve em estado vegetativo até quarta, quando morreu, aos 88, deixando oito netos. Não teve a casa sonhada. No intervalo entre sua morte e a do filho Lombardi, de infarto, na quarta da semana passada, nasceu Júlia, décima bisneta. A missa de sétimo dia será na quinta, às 20h, na igreja São Roque do Imirim, em SP.

coluna.obituario@uol.com.br


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