DA REPORTAGEM LOCAL
DA AGÊNCIA FOLHA

Para tentar conter a onda de atentados contra policiais atribuída ao PCC (Primeiro Comando da Capital) e prender os responsáveis, a Polícia Civil desencadeou ontem grandes operações na cidade de São Paulo. As ações, porém, não ajudaram a esclarecer os ataques que provocaram a morte de um policial militar e deixaram outros dois feridos.
Na madrugada, 200 policiais do Deic (Departamento de Investigações sobre o Crime Organizado) e do Denarc (Departamento de Narcóticos) realizaram blitze na cidade. Segundo o delegado do Deic Sergio Mendes, cerca de 80 pessoas foram averiguadas -revistadas e detidas até a verificação de antecedentes. Os resultados, no entanto, foram tímidos.
Houve apenas uma perseguição, na qual o suspeito jogou a arma -uma pistola .40 roubada da PM- e conseguiu fugir a pé. A única prisão foi a de um foragido da Justiça, segundo a Secretaria da Segurança Pública.
A prisão de dois suspeitos anteontem é a linha mais forte de investigação. Eles são suspeitos de ter atirado contra uma base da PM em Santana (zona norte), na quarta-feira. A confirmação do envolvimento depende de exames de balística. Isso porque foram encontradas com eles armas que podem ter sido usadas no ataque.
Também ontem, dois menores e uma mulher foram presos porque despertaram suspeitas ao passar de carro duas vezes por uma base móvel da PM, no centro. Estavam em um carro furtado e portavam um revólver 38.
Os atentados tiveram início na madrugada de quarta. No caso mais grave, anteontem, o PM Luiz Cláudio Monteiro foi morto.
Em Presidente Prudente, a PM encontrou uma granada numa propriedade rural perto de onde foi abandonado um carro usado pela quadrilha que tentou resgatar presos do complexo penitenciário de Presidente Bernardes, na segunda-feira. O complexo abriga membros do comando do PCC.


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