São Paulo, sábado, 14 de janeiro de 2006

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VERÃO MACABRO

Cadáver ficou entre banhistas, mas não mudou rotina da praia

Corpo fica 6 horas em Ipanema

SÉRGIO RANGEL
DA SUCURSAL DO RIO

Um cadáver vindo do mar ficou ontem por cerca de seis horas na praia de Ipanema, a principal da zona sul do Rio.
Por volta das 10h, o corpo de um homem de aproximadamente 30 anos encalhou na areia para espanto de quase 200 pessoas que estavam na praia no trecho entre as ruas Garcia Dávila e Aníbal de Mendonça. Em decomposição, o cadáver, que não foi identificado, só deixou a água após os bombeiros serem avisados por banhistas.
Eles usaram cordas para puxar o corpo até a praia. Retirado da areia apenas às 15h30, o corpo tinha ferimentos na testa. A causa da morte só será anunciada na próxima semana após a divulgação da perícia do corpo.
O cabo Renatti, do Corpo de Bombeiros, que trabalhou na retirada do homem do mar, diz que o cadáver deve ter sido lançado da favela do Vidigal, localizada próxima a Ipanema.
""A cabeça dele estava com marcas de violência. Pelo visto, ele pode ter sido morto e lançado ao mar por traficantes do Vidigal", disse Renatti.
Apesar da cena inusitada e do mau cheiro causado pelo cadáver em decomposição, a rotina da praia quase não mudou. O trecho é freqüentado por jovens da zona sul. A atriz Cléo Pires estava ontem na praia.
"Vamos fazer o quê? As férias são curtas e temos que nos divertir de qualquer jeito", disse o estudante Carlos Matos, 19, que estava com amigos. Policiais da 14ª Delegacia (Leblon) não tinham identificado o corpo até o final da tarde de ontem.


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