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VERÃO MACABRO
Cadáver ficou entre banhistas, mas não mudou rotina da praia
Corpo fica 6 horas em Ipanema
SÉRGIO RANGEL
DA SUCURSAL DO RIO
Um cadáver vindo do mar ficou ontem por cerca de seis horas na praia de Ipanema, a principal da zona sul do Rio.
Por volta das 10h, o corpo de
um homem de aproximadamente 30 anos encalhou na
areia para espanto de quase 200
pessoas que estavam na praia no
trecho entre as ruas Garcia Dávila e Aníbal de Mendonça. Em
decomposição, o cadáver, que
não foi identificado, só deixou a
água após os bombeiros serem
avisados por banhistas.
Eles usaram cordas para puxar o corpo até a praia. Retirado
da areia apenas às 15h30, o corpo tinha ferimentos na testa. A
causa da morte só será anunciada na próxima semana após a
divulgação da perícia do corpo.
O cabo Renatti, do Corpo de
Bombeiros, que trabalhou na
retirada do homem do mar, diz
que o cadáver deve ter sido lançado da favela do Vidigal, localizada próxima a Ipanema.
""A cabeça dele estava com
marcas de violência. Pelo visto,
ele pode ter sido morto e lançado ao mar por traficantes do Vidigal", disse Renatti.
Apesar da cena inusitada e do
mau cheiro causado pelo cadáver em decomposição, a rotina
da praia quase não mudou. O
trecho é freqüentado por jovens
da zona sul. A atriz Cléo Pires
estava ontem na praia.
"Vamos fazer o quê? As férias
são curtas e temos que nos divertir de qualquer jeito", disse o
estudante Carlos Matos, 19, que
estava com amigos. Policiais da
14ª Delegacia (Leblon) não tinham identificado o corpo até o
final da tarde de ontem.
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