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No ensino superior, 699 instituições têm nota ruim
Mal avaliadas podem ter vestibular suspenso
DE BRASÍLIA
Mal avaliadas, 699 instituições de ensino superior,
com 680 mil alunos, serão
supervisionadas pelo Ministério da Educação. O número
é maior do que as 588 que tiveram nota baixa na avaliação passada.
Elas serão visitadas e estão
sujeitas a sanções que vão
até a suspensão de novos
vestibulares. Dessas, 15 já receberam punição por receberem notas baixas nos últimos
três anos. Não poderão abrir
novas vagas e cursos.
A medida foi tomada com
base no IGC (Índice Geral de
Cursos), indicador que leva
em conta a nota dos alunos
no Enade (exame federal) e
outros indicadores como a
qualidade do corpo docente.
Suas notas vão de 1 a 5 -1 e 2
são consideradas ruins.
Entre as avaliadas dessa
forma, 93% são privadas -a
Uniban, uma das cinco maiores do Brasil, que tirou 2.
Ellis Wayne Brown, vice-reitor da Uniban, diz que o
IGC é uma avaliação parcial,
centrada na percepção dos
alunos. Ele defende que o
que deve ser levado em conta
é a avaliação in loco das instituições, e não IGC ou Enade.
O presidente da ABMES
(associação de mantenedoras do ensino superior), Gabriel Mário Rodrigues, diz ser
favorável à avaliação, mas
afirma que o IGC desfavorece
as privadas, por exemplo, ao
considerar a nota de alunos
que acabaram de entrar na
universidade, já que os melhores vão para as públicas.
USP e Unicamp, que não
concordam com a metodologia, não participam avaliação realizada pelo MEC.
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