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ENERGIA
Horário de verão termina com redução de consumo abaixo do esperado
Atrase seu relógio em uma hora à meia-noite de hoje
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O horário de verão termina hoje
à meia-noite (0h de domingo)
sem atingir os resultados esperados pelo governo. A redução de
demanda por energia no horário
de maior consumo (das 17h às
21h), principal objetivo da medida, ficou abaixo do que o governo
inicialmente previa.
De acordo com o resultado preliminar divulgado ontem pelo Ministério de Minas e Energia, a redução de demanda nas regiões
Sudeste e Centro-Oeste foi de
4,5%, enquanto o governo esperava que fosse de 5%. Na região Sul,
a redução de demanda foi de 5%,
mas o governo esperava 6%.
Com os resultados obtidos, a redução média da demanda por
energia no horário de pico foi de
aproximadamente 4,5% em toda
a área de abrangência da medida:
Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso do Sul e
Distrito Federal.
A redução de demanda obtida
equivale ao consumo, no horário
de pico, das cidades mineiras Belo
Horizonte, Contagem e Betim
mais a gaúcha Porto Alegre, ou à
energia produzida pelas usinas
nucleares de Angra 1 e 2.
Isso significa que, sem o horário
de verão, seria necessário acrescentar ao sistema elétrico brasileiro usinas com esta potência para
funcionar apenas no período de
maior consumo.
Além de reduzir a demanda no
horário de pico, o horário de verão também produz pequena
economia média de energia ao
longo de sua duração. Esse não é,
no entanto, o objetivo da medida.
A economia média de energia seria suficiente para atender à metade do consumo de cidades como
Florianópolis (SC) e Belo Horizonte (MG) durante os 119 dias de
duração do horário de verão.
Reservatórios
O horário de verão é adotado
para compensar o aumento de
consumo de energia elétrica que
ocorre nessa época, quando o calor faz aumentar o uso de aparelhos como ar-condicionado, que
consomem muita energia.
De acordo com informações divulgadas ontem pelo Ministério
de Minas e Energia, a adoção da
medida representou uma economia de 0,4% no nível de água dos
reservatórios das hidrelétricas das
regiões Sudeste e Centro-Oeste e
de 1% nos reservatórios da região
Sul.
A medida também tem efeito na
tarifa de energia, evitando reajustes ainda maiores. Com a redução
da demanda no horário de pico, é
possível gerar menos energia termelétrica, de custo mais elevado.
O horário de verão é usado no
Brasil desde 1931 e, desde 1985, de
forma ininterrupta.
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