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Infraero estuda modo de acelerar obra em Congonhas
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Apesar de não reagir ao que
considerou ser uma "provocação política" do governador de
São Paulo José Serra (PSDB)
sobre o aeroporto de Congonhas, a Infraero já estuda uma
nova manobra para acelerar as
obras de reforma da pista principal de pouso e decolagem, que
só devem começar em junho.
O edital de licitação para a reforma já estaria pronto, mas a
Infraero quer tentar aumentar
o valor da obra para garantir
uma conclusão mais rápida.
Com esse aumento no valor da
obra, a estatal pode solicitar à
empreiteira que amplie os trabalhos, encurtando a duração.
"Só faremos isso, claro, se tivermos o aval de todos os órgãos de controle externo", disse
o presidente da Infraero, José
Carlos Pereira. Segundo ele, esse aditivo não ultrapassaria o limite estabelecido pela Lei de
Licitações. Os valores não foram divulgados.
Hoje, a pista principal precisa ser fechada sempre que chove muito porque há risco de
aquaplanagem dos aviões.
Antes de essa obra começar, é
preciso recuperar a pista auxiliar -essa obra está marcada
para começar após o Carnaval.
Anteontem, o governador
José Serra criticou a Infraero e
o governo federal pelo atraso.
"Não se justifica, por exemplo,
essas obras na pista: isso já se
falava há um ano e meio", disse
o tucano.
Segundo Serra, "o sistema
aéreo funciona num regime de
pane" e que ele faria uma intervenção se a questão estivesse
em jurisdição estadual.
Pereira disse que a crítica de
Serra teve motivação "política".
Nos bastidores, técnicos da empresa reclamam que as obras da
pista principal não foram feitas
no ano passado por pressão do
governo, que não queria transferir para Guarulhos uma grande quantidade de vôos durante
as eleições.
A afirmação do governador
paulista, porém, chamou a
atenção do governo federal,
que discutia ontem medidas
preventivas para problemas aéreos no Carnaval.
(LEILA SUWWAN e IURI DANTAS)
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