São Paulo, quarta-feira, 14 de fevereiro de 2007

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Infraero estuda modo de acelerar obra em Congonhas

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Apesar de não reagir ao que considerou ser uma "provocação política" do governador de São Paulo José Serra (PSDB) sobre o aeroporto de Congonhas, a Infraero já estuda uma nova manobra para acelerar as obras de reforma da pista principal de pouso e decolagem, que só devem começar em junho.
O edital de licitação para a reforma já estaria pronto, mas a Infraero quer tentar aumentar o valor da obra para garantir uma conclusão mais rápida. Com esse aumento no valor da obra, a estatal pode solicitar à empreiteira que amplie os trabalhos, encurtando a duração.
"Só faremos isso, claro, se tivermos o aval de todos os órgãos de controle externo", disse o presidente da Infraero, José Carlos Pereira. Segundo ele, esse aditivo não ultrapassaria o limite estabelecido pela Lei de Licitações. Os valores não foram divulgados.
Hoje, a pista principal precisa ser fechada sempre que chove muito porque há risco de aquaplanagem dos aviões.
Antes de essa obra começar, é preciso recuperar a pista auxiliar -essa obra está marcada para começar após o Carnaval.
Anteontem, o governador José Serra criticou a Infraero e o governo federal pelo atraso. "Não se justifica, por exemplo, essas obras na pista: isso já se falava há um ano e meio", disse o tucano.
Segundo Serra, "o sistema aéreo funciona num regime de pane" e que ele faria uma intervenção se a questão estivesse em jurisdição estadual.
Pereira disse que a crítica de Serra teve motivação "política". Nos bastidores, técnicos da empresa reclamam que as obras da pista principal não foram feitas no ano passado por pressão do governo, que não queria transferir para Guarulhos uma grande quantidade de vôos durante as eleições.
A afirmação do governador paulista, porém, chamou a atenção do governo federal, que discutia ontem medidas preventivas para problemas aéreos no Carnaval.
(LEILA SUWWAN e IURI DANTAS)


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