São Paulo, quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

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Para operadoras, regras têm de evitar prejuízos

DA REPORTAGEM LOCAL

As operadoras de planos e seguros de saúde são unânimes em dizer que as novas regras para a portabilidade precisam ser elaboradas com cautela para evitar prejuízo ao setor. Elas também esperam que a ANS discuta com o mercado as medidas antes de implantá-las.
Segundo João Batista Caetano, diretor de integração cooperativista da Unimed do Brasil, um dos temores das empresas é que o usuário, com um problema de saúde já preexistente, compre um plano mais barato, espere o fim da carência e mude para outro melhor. "As regras da similaridade entre os planos têm de estar muito bem definidas para que não haja oportunismo. Por isso, é fundamental que as operadoras participem do debate."
Caetano também não está certo sobre a viabilidade da manutenção do contrato por um período mínimo de um ano. "Um transplante autólogo [do próprio paciente] de medula óssea custa de R$ 400 mil a R$ 500 mil. Nesse caso, um ano pode ser pouco para a operadora."
Julcemar Ragnini, diretor do departamento de operadoras de plano de saúde da Confederação das Santas Casas de Misericórdia, diz que, nos planos empresariais, muitas operadoras já bancam o período de carência no caso de mudança, mas não nos individuais. Para ele, o mercado "ainda não está pronto" para novas regras.
Já Solange Beatriz Mendes, diretora da Fenasaude (federação das seguradoras de saúde), diz ser favorável que o consumidor tenha a liberdade de troca de plano sem perder a carência, mas pensa que o estabelecimento de mecanismos que "protejam o produto" é fundamental para o setor suplementar. (CLÁUDIA COLLUCCI)


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