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Para operadoras, regras têm de evitar prejuízos
DA REPORTAGEM LOCAL
As operadoras de planos e
seguros de saúde são unânimes em dizer que as novas
regras para a portabilidade
precisam ser elaboradas com
cautela para evitar prejuízo
ao setor. Elas também esperam que a ANS discuta com o
mercado as medidas antes de
implantá-las.
Segundo João Batista Caetano, diretor de integração
cooperativista da Unimed do
Brasil, um dos temores das
empresas é que o usuário,
com um problema de saúde
já preexistente, compre um
plano mais barato, espere o
fim da carência e mude para
outro melhor. "As regras da
similaridade entre os planos
têm de estar muito bem definidas para que não haja
oportunismo. Por isso, é fundamental que as operadoras
participem do debate."
Caetano também não está
certo sobre a viabilidade da
manutenção do contrato por
um período mínimo de um
ano. "Um transplante autólogo [do próprio paciente] de
medula óssea custa de R$
400 mil a R$ 500 mil. Nesse
caso, um ano pode ser pouco
para a operadora."
Julcemar Ragnini, diretor
do departamento de operadoras de plano de saúde da
Confederação das Santas Casas de Misericórdia, diz que,
nos planos empresariais,
muitas operadoras já bancam o período de carência no
caso de mudança, mas não
nos individuais. Para ele, o
mercado "ainda não está
pronto" para novas regras.
Já Solange Beatriz Mendes, diretora da Fenasaude
(federação das seguradoras
de saúde), diz ser favorável
que o consumidor tenha a liberdade de troca de plano
sem perder a carência, mas
pensa que o estabelecimento
de mecanismos que "protejam o produto" é fundamental para o setor suplementar.
(CLÁUDIA COLLUCCI)
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