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Rahyja Afrange, história de uma marca
WILLIAN VIEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL
De sacoleira a dona de grife sofisticada, dos bazares
em casa ao ponto badalado
no Shopping Iguatemi -foi
tudo muito rápido para
Rahyja Calixto Afrange.
A paulistana "sempre gostou de roupas, tanto de comprar quanto de vender".
Quando decidiu, às próprias
custas, cursar administração
de empresas em uma faculdade particular, pagou os estudos com o dinheiro das peças que vendia às amigas
-tanto em casa, em "bazares" que ela organizava,
quanto nas próprias aulas.
Cedo se casou, aos 18, mas
o casamento durou menos
de três anos. "De personalidade forte, como guerreira
que era", decidiu abandonar
os estudos e partir para a
prática. Com uma amiga que
conhecera em uma loja de
confecções, a ex-balconista
Traudi Guida, abriu, em
1988, a primeira Le Lis Blanc,
no Shopping Iguatemi. Tinha tino para a coisa e não se
importava em arriscar tudo
por um ideal.
Logo o ponto no último
andar de um dos maiores
shoppings da cidade ficou
cheio, e o negócio começou a
se expandir -ela indo pessoalmente à abertura de cada
uma das lojas. Hoje são 11
próprias, espalhadas pelo
Brasil. E a grife de roupas casuais para mulheres de 20 a
50 anos tornou-se um fenômeno de vendas.
Mas, há cerca de um ano e
meio ela deixou o negócio,
vendeu sua parte na sociedade e se dedicou à saúde. Tinha câncer de pulmão e acreditava na cura.
Morreu no dia 6, Quarta-Feira de Cinzas, aos 48. Dia
em que todas as lojas da marca permaneceram fechadas.
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