São Paulo, sábado, 14 de fevereiro de 2009

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

ABELARDO FIGUEIREDO (1931-2009)

O Rei da Noite não queria que o show parasse

ESTÊVÃO BERTONI
DA REPORTAGEM LOCAL

Jimmy Carter pedira ao Rei da Noite, Abelardo Figueiredo, que produzisse para ele um show especial na Casa Branca, caso fosse eleito o 39º presidente dos EUA, lembra a filha Mônica.
Nos anos 80, "Aquarela do Brasil" soou pela residência presidencial norte-americana na voz da cantora Rosemary. "Ele ficou muitos anos levando shows brasileiros para fora", conta a filha.
Natural de Niterói (RJ), Abelardo desistiu de tentar a carreira diplomática para se dedicar aos espetáculos. "Ele era um homem muito energético, muito vigoroso." Na década de 50, chegou a SP como administrador da companhia de uma atriz em início de carreira: Nicette Bruno, que fora sua vizinha.
Após o começo no teatro, criou e dirigiu casas noturnas ("Urso Branco", "Palladium", "Beco") e foi ainda um homem de televisão. Passou pelas TVs Tupi, Bandeirantes, Excelsior, Rio e Continental. Em suas produções, apresentou nomes como Elis Regina, Maysa, Noite Ilustrada, Tony Ramos, Norma Bengell etc.
Chegou a dirigir Marlene Dietrich, quando a atriz passou pelo país em 1959. Tem lançada a autobiografia "O Show Não Pode Parar".
"Há uns três anos", teve um AVC (acidente vascular cerebral). Na segunda, um tombo causou-lhe hemorragia cerebral. Morreu ontem, aos 77. Deixa duas filhas e quatro netos. O corpo sai às 12h de hoje, do Sírio-Libanês, e segue para o crematório da Vila Alpina, em SP.

obituario@grupofolha.com.br


Texto Anterior: Mortes
Próximo Texto: PMs são suspeitos de se passar por policiais civis para roubar
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.