|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
ABELARDO FIGUEIREDO (1931-2009)
O Rei da Noite não queria que o show parasse
ESTÊVÃO BERTONI
DA REPORTAGEM LOCAL
Jimmy Carter pedira ao
Rei da Noite, Abelardo Figueiredo, que produzisse para ele um show especial na
Casa Branca, caso fosse eleito o 39º presidente dos EUA,
lembra a filha Mônica.
Nos anos 80, "Aquarela do
Brasil" soou pela residência
presidencial norte-americana na voz da cantora Rosemary. "Ele ficou muitos anos
levando shows brasileiros
para fora", conta a filha.
Natural de Niterói (RJ),
Abelardo desistiu de tentar a
carreira diplomática para se
dedicar aos espetáculos. "Ele
era um homem muito energético, muito vigoroso."
Na década de 50, chegou a
SP como administrador da
companhia de uma atriz em
início de carreira: Nicette
Bruno, que fora sua vizinha.
Após o começo no teatro,
criou e dirigiu casas noturnas ("Urso Branco", "Palladium", "Beco") e foi ainda
um homem de televisão.
Passou pelas TVs Tupi,
Bandeirantes, Excelsior, Rio
e Continental. Em suas produções, apresentou nomes
como Elis Regina, Maysa,
Noite Ilustrada, Tony Ramos, Norma Bengell etc.
Chegou a dirigir Marlene
Dietrich, quando a atriz passou pelo país em 1959. Tem
lançada a autobiografia "O
Show Não Pode Parar".
"Há uns três anos", teve
um AVC (acidente vascular
cerebral). Na segunda, um
tombo causou-lhe hemorragia cerebral. Morreu ontem,
aos 77. Deixa duas filhas e
quatro netos. O corpo sai às
12h de hoje, do Sírio-Libanês, e segue para o crematório da Vila Alpina, em SP.
obituario@grupofolha.com.br
Texto Anterior: Mortes Próximo Texto: PMs são suspeitos de se passar por policiais civis para roubar Índice
|