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RIO DE JANEIRO
Ministro promete fim de "surfe de coliforme" na praia do Leblon
DA SUCURSAL DO RIO
Sob a promessa de acabar
com o "surfe de coliforme fecal", foi inaugurada ontem a
nova elevatória de esgoto na
praia do Leblon, bairro com
o segundo maior PIB do Rio
-abaixo apenas da Gávea.
A estação, na esquina das
avenidas Delfim Moreira e
Niemeyer, tem como função
lançar o esgoto recolhido no
Leblon, Gávea e Jardim Botânico até o emissário submarino. Mas após 50 anos
sem reformas, as bombas de
ferro fundido cediam a qualquer demanda extra, provocando vazamento de esgoto
nas águas do mar e da lagoa
Rodrigo de Freitas.
A inauguração levou o ministro do Meio Ambiente,
Carlos Minc -ex-secretário
de Sérgio Cabral- a decretar
o fim de um nada ortodoxo
esporte. "O Wagner Victer
[presidente da Cedae
-Companhia de Águas e Esgotos do Rio de Janeiro-,
responsável pela obra] está
eliminando a modalidade de
surfe de coliforme". Chamado de "Pontão", por estar na
ponta final da praia, o local é
reduto de surfistas -os que
mais sofrem com a poluição.
"Várias vezes tinha uma
galera no mar, quando vinha
aquela mancha escura e
quente. Todo mundo remava
para o lado para fugir", diz
Isabella Miranda, 24, estudante de medicina, que surfa
no local há cinco anos.
Água imprópria
De acordo com dados do
Inea (Instituto Estadual do
Ambiente), responsável pelo
monitoramento da balneabilidade das praias do Rio, a
água do mar do Leblon esteve imprópria em 35,8% das
semanas de 2008 (19 de 53).
A obra -primeira em 50
anos- trocou as bombas de
ferro por outras, de aço inox.
A nova intervenção, ao custo
de R$ 6 milhões, providenciou três bombas reservas e
um dispositivo de segurança
que aumenta a confiabilidade do sistema, programado
para bombear 1.700 litros de
esgoto por segundo.
A obra, no entanto, não garante o fim das "manchas escuras e quentes", que também é causada pelas águas da
chuva levadas ao mar por um
canal vizinho à elevatória. O
mau cheiro também continua até ser instalado sistema
de controle de odores -ainda em fase de teste.
A iniciativa animou o presidente da Cedae e o empresário Eike Batista, que estudam um projeto de mirante
nas instalações da estação, ligado por uma escada ao mirante da avenida Niemeyer.
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