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VIOLÊNCIA
Mortos sumiram após saírem para furtar empresa, disse a irmã de um deles
Ação de PMs em 2 mortes é investigada
SIMONE IWASSO
DA REPORTAGEM LOCAL
A Corregedoria da Polícia Militar e a Polícia Civil de Guarulhos
investigam mais dois casos de homicídio com suspeitas de envolvimento de policiais militares no
município.
Na noite de anteontem, os corpos de Adriano de Holanda Cavalcante, 18, e Dorival Rene Savioli, 26, desaparecidos desde domingo, foram encontrados em
um terreno abandonado no bairro da Ponte Preta. Os corpos estavam desfigurados e tinham ferimentos causados por armas de
fogo. Um primo de Savioli os
identificou pelas tatuagens.
Um boletim de ocorrência de
desaparecimento, registrado pela
irmã de Savioli, Alessandra, afirma que os dois saíram de casa no
domingo para praticar um furto
na empresa Elesban com outros
três rapazes. A ocorrência registra
que eles estavam no local quando
a polícia chegou ao prédio para
impedir o furto. Desde então, os
jovens não foram mais vistos.
Alessandra Savioli procurou o
irmão em hospitais, delegacias e
no IML da cidade. Como não o
encontrou, procurou a polícia para registrar o desaparecimento.
Segundo a Corregedoria da PM,
a polícia foi até a empresa e prendeu um dos cinco rapazes, José
Florêncio da Silva, em flagrante.
Dois outros envolvidos teriam fugido e avisado a família Savioli.
Silva foi levado para o 4º DP de
Guarulhos e depois transferido
para o Centro de Detenção Provisória da cidade. O delegado Jackson Cesar Batista, responsável pela investigação, colheu o depoimento de Silva na tarde de ontem.
De acordo com o delegado, Silva negou conhecer os rapazes assassinados e afirmou que não participou do furto -estaria apenas
passando pela rua. No entanto, ele
disse ter ouvido disparos no local.
Apesar de afirmar que ainda é
cedo para apontar responsáveis
pelo crime, o delegado admitiu a
possibilidade de policiais militares estarem envolvidos.
A Corregedoria da PM informou que não existe nenhuma
prova da participação de policiais
na morte dos dois jovens, mas
disse que vai investigar o caso.
O setor de comunicação da PM
afirmou que ontem foram ouvidos 18 depoimentos de policiais e
pedida a prisão preventiva de um
soldado, detido pela Delegacia de
Homicídios de Guarulhos. A Corregedoria e o delegado confirmaram a prisão, mas não revelaram
em qual crime ele está envolvido
nem se teria relação com o suposto grupo de extermínio na cidade.
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