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MEMÓRIA
Designer de jóias Caio Mourão morre aos 72
DA SUCURSAL DO RIO
Caio Mourão, 72, um dos
maiores designers de jóias do
país, morreu ontem, em Araruama (RJ). Internado desde 2
de março com problemas pulmonares e cardíacos, teve um
infarto fulminante.
Seu corpo será velado pela
manhã no Cemitério do Caju
(zona portuária do Rio) e cremado à tarde. Ele tinha cinco filhos e quatro netos.
Nos anos 60, Mourão criou
um desenho autoral e de vanguarda, quebrando a tradição
de copiar escolas internacionais. Ganhou em 1963 o 1º lugar do prêmio de joalheria da
7ª Bienal de São Paulo. A convite de Pierre Cardin, trabalhou
em Paris em 1968 e 1969.
Mourão também era pintor e
escultor. Estudou com Aldo
Bonadei e colaborou com Antonio Bandeira e Di Cavalcanti.
Nascido em São Paulo, mudou-se para o Rio em 1957 e
tornou-se figura marcante da
boemia carioca. Fundou a Banda de Ipanema e, entre seus feitos, está o de ter salvado da destruição placas do restaurante
Pizzaiolo em que artistas punham mãos e pés. Mourão vivia em Iguaba Grande (RJ), onde criava jóias e esculturas. O
troféu do Prêmio Shell de Música foi uma de suas invenções.
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