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OUTRO LADO
"É preciso organizar fiscalização"
DA REPORTAGEM LOCAL
O chefe-de-gabinete da Secretaria das Subprefeituras, Ricardo
Teixeira, afirma que é preciso "organizar melhor a fiscalização" no
caso dos bares que invadem calçadas com mesas e cadeiras e desrespeitam a lei. "Precisamos dar
mais logística ao trabalho do
agente", diz.
Para Teixeira, o número de fiscais não é insuficiente. Na maioria
dos casos, afirma, os donos de bares não sabem que é preciso ter
permissão para colocar mesas nas
calçadas.
A fiscalização cabe a 700 agentes
que atuam em toda a cidade e são
responsáveis por checar 300 diferentes irregularidades. Segundo a
secretaria, as autuações são feitas
quando há denúncia ou em blitz
programada.
Segundo a pasta, um problema
que atrapalha a fiscalização é o fato de a maioria dos bares funcionar à noite, enquanto os agentes
trabalham durante o horário comercial.
Dos estabelecimentos multados
no ano passado (74), a maioria
não possuía licença para ocupar a
calçada. A multa para esse tipo de
infração varia de 20 a 30 UFM
(Unidade de Valor Fiscal do Município), ou de R$ 1.118,80 a R$
2.428,20.
O mobiliário pode ser apreendido pelos agentes. Em caso de reincidência, o bar pode ter a licença
cassada. Em 2005, a Subprefeitura
de Pinheiros fez cerca de dez blitze, e a da Lapa apreendeu 60 mesas e 290 cadeiras.
Os gerentes e proprietários dos
estabelecimentos flagrados pela
Folha ao desrespeitar a lei afirmam que a tomada completa do
passeio público é exceção. Acontece em dias de muito calor, quando a procura por lugares ao ar livre aumenta. A lanchonete Copão
da Paulista, o Genésio e o Prainha
não responderam.
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