São Paulo, sábado, 14 de março de 2009

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Tio de Érica tentou negociar com Kleber

ENVIADA ESPECIAL A GOIÂNIA

Após ser acionado pela sobrinha, Érica Correia dos Santos, pouco antes das 14h de quinta-feira, Adão da Mota Correia, segundo sargento da Polícia Militar, percorreu por quatro horas a cidade atrás de Kleber Barbosa da Silva e da menina Penélope, até o momento em que soube que ele conduzia o avião em direção ao shopping Flamboyant.
O tio de Érica diz que fez dois contatos por telefone com Kleber, mas em nenhum deles conseguiu ouvir a voz da criança. Na segunda ligação, Kleber contou que estava num avião, sobrevoando a região sul da cidade. O tio de Érica estava no mesmo local, em um carro da polícia. "Olhei para cima e vi o avião."
O tio, então, entrou no helicóptero da PM que seguiu o monomotor. Ele diz que viu, por três vezes, que Kleber sinalizava um pouso no aeroporto. "Acho que ele estava brincando com a gente."
Adão conta que Kleber estava irredutível nas conversas. "Fiz apelo à família, à vida, à sensibilidade. Mas ele perdeu tudo na hora, não tinha nada."
Ele disse que, como policial, ficou frustrado por não ter conseguido evitar a tragédia, principalmente porque ela envolvia sua própria família. "A gente sente que falhou. Quatro horas planejando para ver se salvava a criança. Não teve jeito." (JN)


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