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Até cavalo invade pista de onde partiu o voo
SOFIA FERNANDES
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Kleber Barbosa da Silva não
assinou nenhum papel, não
apresentou documento ou foi
vistoriado quando contratou
um voo panorâmico no aeroclube de Brasília, cuja pista localiza-se em Luziânia, cidade
goiana a 56 km de Brasília.
Enquanto esperava o instrutor, deu água à filha, Penélope.
O pagamento ele acertaria depois, R$ 380 por hora.
Para chegar à pista, com a filha e o instrutor José Luiz Gonçalves, passou pelo portão
-constantemente aberto.
Seja qual for a intenção do
passeio, qualquer pessoa tem a
mesma facilidade de acesso a
um avião em Luziânia, onde
não há policiamento ou fiscalização. O lugar é tão vulnerável
que ontem de manhã, segundo
relato do vice-presidente do
Aeroclube de Brasília, Omar
Victor do Espírito Santo, um
homem a cavalo invadiu a pista
após romper a cerca de arame
farpado, única proteção.
Cinco aeroclubes de São Paulo consultados informaram exigir a apresentação de documentos para a realização do
voo panorâmico, mas não há
controles de segurança.
De acordo com a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), a
legislação determina que um
aeroclube é obrigado a ter controle de acesso de passageiros,
que pode ser o registro do nome ou um portão específico de
acesso ou segurança armada. A
escolha fica a cargo do administrador do aeroclube.
Barbosa pediu para viajar no
Tupi, com autonomia de voo de
cinco horas e velocidade de até
200 quilômetros por hora.
Barbosa fez outro pedido a
José Luiz, que atuava pela primeira vez como instrutor de
voo panorâmico: "Quero sentar
do lado esquerdo, sinto-me
mais à vontade".
O instrutor não viu problema
em ceder o lugar do comandante, já que é possível controlar o
avião dos dois assentos, e ficou
na poltrona da direita, de onde
deixou o avião após ser ameaçado por Barbosa.
A Polícia Civil de Luziânia informou que vai apurar as possíveis falhas do aeroclube.
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