São Paulo, segunda-feira, 14 de março de 2011 |
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OMAR CASSIM (1923-2011) Ele coordenou os presídios de SP ESTÊVÃO BERTONI DE SÃO PAULO Em janeiro de 1968, quando Omar Cassim era delegado em Sacomã (zonal sul de SP), o sumiço de uma menina de cinco anos, que brincava em frente de casa, na vila Botucatu, comoveu a cidade. Moradores diziam ter visto duas mulheres com a garota. Omar comandou as buscas e investigou o suposto sequestro, noticiado nas capas dos principais jornais da época. Ele adorava crianças, lembra a filha Marilda. Chegou a declarar: "Quando achar essa menina, vou levá-la para minha casa, mandar dar-lhe um banho perfumado e depois vesti-la com roupas da minha filha. Ela tem que estar bem bonita para aparecer na televisão e nos jornais". Treze dias e alguns interrogatórios depois do desaparecimento, o corpo de Gislene, a menina, foi achado numa fossa, a 150 m de casa. Ela caíra ali e morrera asfixiada. Osmar acompanhou esse e muitos outros casos. Nascido em Barretos (SP), onde o pai, libanês, tinha um armazém, ele se mudou para a capital para estudar. Em 1949, formou-se em direito pela USP. Aprovado em concurso, foi delegado pelo interior. Em Barretos, casou-se com Delly, professora, com quem teve quatro filhos e sete netos. Coordenou também os presídios do Estado de SP. Adorava a profissão. Ao se aposentar, compulsoriamente, teve um princípio de depressão. Depois, advogou. Vivia pajeando os netos e adorava pescar, o que fez semanalmente em Itanhaém. Ultimamente, teve problemas hepáticos. Viúvo desde 1999, morreu na terça, aos 87. A missa do sétimo dia será hoje, às 19h, na matriz de São Bernardo do Campo. coluna.obituario@uol.com.br Texto Anterior: Mortes Próximo Texto: Acordo quer fortalecer Lei Maria da Penha Índice | Comunicar Erros |
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