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Base petista já fazia oposição à linha da Senad
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A Senad (Secretaria Nacional Antidrogas) já enfrentava um tiroteio da base
petista antes mesmo de Luiz
Inácio Lula da Silva assumir
o Palácio do Planalto.
O programa de segurança
pública do partido transfere
o órgão, atualmente vinculado à Presidência, para o Ministério da Justiça. Uma mudança que é "questão de
tempo", segundo o ministro
Márcio Thomaz Bastos.
Como a secretaria cuida da
prevenção, o governo avalia
que o ideal seria um trabalho
em conjunto com a repressão -de responsabilidade
da Polícia Federal, que é subordinada ao ministério de
Thomaz Bastos.
Em outra frente, os militares querem a manutenção
do status quo. A cúpula do
Exército avalia de forma positiva a gestão do general
Paulo Uchôa à frente do órgão. Além disso, o fato de a
Senad ser coordenada por
militar é tido por oficiais como sinal de prestígio da corporação no governo.
Na outra ponta, a presença
de militares na secretaria e o
estigma de repressão a eles
associado afugenta o usuário de drogas. A imagem de
prevenção de projetos desenvolvidos pela Senad não
"cola" entre eles.
Há, ainda, outro elemento:
os elogios de Washington ao
funcionamento da secretaria
e à política antidrogas se
chocam com a ressalva feita
por militantes de ONGs, historicamente ligados ao PT,
que defendem a regulamentação do uso.
Para o médico Higino
Wolff Bodziak, coordenador
da Pastoral da Sobriedade,
da Igreja Católica, além do
trabalho de prevenção e tratamento, também é importante uma campanha informativa, nos moldes do que
foi realizado com a Aids, por
exemplo. "Hoje os jovens se
previnem contra a doença.
No caso da droga, as pessoas
precisam saber os riscos que
correm", afirmou.
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