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Lula não recebeu relatório sobre falha no controle aéreo
Título na Primeira Página da Folha disse que ele foi alertado
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva não recebeu relatório apontando problemas graves no tráfego aéreo brasileiro,
como afirmava o título principal da Primeira Página de domingo passado: "Entidade alertou Lula de falhas no controle
aéreo".
O relatório, preparado pela
Ifatca (Federação Internacional das Associações dos Controladores de Tráfego Aéreo),
apontava falha na cobertura de
rádio e problemas de equipamento.
O presidente recebeu, em 9
de novembro de 2006, apenas
uma carta da Ifatca oferecendo
consultoria e assessoria, à luz
do acidente do Boeing da Gol,
ocorrido em 29 de setembro.
A carta a Lula é mais genérica
que o relatório e cita falha possível, mas não a especifica. "A
Ifatca não quer especular antes
da publicação do relatório sobre o acidente e não quer interferir na investigação em curso.
Por meio de nossa experiência,
contudo, sabemos que dentro
de um sistema complexo como
o controle de tráfego aéreo, há a
possibilidade de que o sistema
de controle de tráfego aéreo tenha sido um fator contribuinte
para a tragédia."
"Esperamos que as autoridades brasileiras adotem uma
fórmula sistêmica para melhorar a segurança dentro do sistema de aviação civil brasileira,
com base na premissa de que
operadores, individualmente
ou em grupo, são raramente os
únicos responsáveis por acidentes ou incidentes."
O texto completa: "Muitas
vezes assistência externa na
forma de auditorias, abordagens de segurança sistêmica e
de fatores humanos, e/ou por
meio de mapa para recuperação organizacional é necessária
para auxiliar o processo. A Ifatca respeitosamente oferece sua
rede de contatos, especialistas
e consultores que podem prover tal auxílio especializado".
A assessoria do Planalto confirma o recebimento da carta,
mas diz que a proposta de consultoria não foi avaliada pelo
presidente porque a praxe nesses casos é que tais oferecimentos sejam feitos diretamente ao
setor responsável. "A entidade
fez contato por telefone e foi
aconselhada a procurar o Ministério da Defesa", informou a
assessoria.
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