São Paulo, sábado, 14 de abril de 2007

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Lula não recebeu relatório sobre falha no controle aéreo

Título na Primeira Página da Folha disse que ele foi alertado

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva não recebeu relatório apontando problemas graves no tráfego aéreo brasileiro, como afirmava o título principal da Primeira Página de domingo passado: "Entidade alertou Lula de falhas no controle aéreo".
O relatório, preparado pela Ifatca (Federação Internacional das Associações dos Controladores de Tráfego Aéreo), apontava falha na cobertura de rádio e problemas de equipamento.
O presidente recebeu, em 9 de novembro de 2006, apenas uma carta da Ifatca oferecendo consultoria e assessoria, à luz do acidente do Boeing da Gol, ocorrido em 29 de setembro.
A carta a Lula é mais genérica que o relatório e cita falha possível, mas não a especifica. "A Ifatca não quer especular antes da publicação do relatório sobre o acidente e não quer interferir na investigação em curso. Por meio de nossa experiência, contudo, sabemos que dentro de um sistema complexo como o controle de tráfego aéreo, há a possibilidade de que o sistema de controle de tráfego aéreo tenha sido um fator contribuinte para a tragédia."
"Esperamos que as autoridades brasileiras adotem uma fórmula sistêmica para melhorar a segurança dentro do sistema de aviação civil brasileira, com base na premissa de que operadores, individualmente ou em grupo, são raramente os únicos responsáveis por acidentes ou incidentes."
O texto completa: "Muitas vezes assistência externa na forma de auditorias, abordagens de segurança sistêmica e de fatores humanos, e/ou por meio de mapa para recuperação organizacional é necessária para auxiliar o processo. A Ifatca respeitosamente oferece sua rede de contatos, especialistas e consultores que podem prover tal auxílio especializado".
A assessoria do Planalto confirma o recebimento da carta, mas diz que a proposta de consultoria não foi avaliada pelo presidente porque a praxe nesses casos é que tais oferecimentos sejam feitos diretamente ao setor responsável. "A entidade fez contato por telefone e foi aconselhada a procurar o Ministério da Defesa", informou a assessoria.


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