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Para França, turista no Brasil deve ter R$ 50 para o ladrão
Na internet, embaixada diz que viajar ao país pode ser muito perigoso e lista 14 dicas de segurança para cidadãos franceses
Em São Paulo, a embaixada lista a praça da República, a da Sé e a estação da Luz como zonas de risco, principalmente à noite
SÉRGIO RANGEL
DA SUCURSAL DO RIO
A Embaixada da França adverte: viajar ao Brasil pode ser
muito perigoso. Em sua página
na internet, ainda aconselha
aos turistas: no país, reserve
uma nota de R$ 50 para entregar, sem pestanejar, ao ladrão
em caso de assalto.
Na internet, a embaixada lista 14 conselhos gerais de segurança para cidadãos franceses
que viajam ao país, orienta para
as providências em caso de roubo e agressão e alerta até para
as tentativas de extorsão por
telefone. Neste ano, quatro
franceses foram assassinados
no Rio. Os crimes causaram comoção na França.
A embaixada dá dicas específicas para quem vai a Brasília,
São Paulo, Recife e Rio, com os
locais mais perigosos de cada
cidade e os principais crimes a
que os turistas estão sujeitos.
Em São Paulo, por exemplo,
alerta para os perigos de assalto
a mão armada nas estradas que
levam às praias e afirma que o
litoral paulista é tão perigoso
quanto o carioca.
"Recomenda-se muita atenção aos indivíduos posicionados nas lombadas de velocidade", salienta.
Em São Paulo, a embaixada
lista a praça da República, a da
Sé e a Estação da Luz como zonas de risco. O texto no sítio na
internet diz para os franceses
evitarem essas regiões de noite.
No Rio, a embaixada pede para que evitem a Vista Chinesa e
Santa Teresa, duas áreas com
pontos turísticos, e vias mais
violentas, como a avenida Brasil e as linhas Vermelha e Amarela. "Esse tipo de aviso para
guardar dinheiro a dar ao ladrão é uma besteira. Porque
podemos ficar até mais avisados", disse Carole Sanches, turista francesa e que passeava
ontem pelo Pão de Açúcar.
O relatório também consta
no site do Ministério das Relações Exteriores francês. Acessada por turistas, a página contém informações também com
alertas semelhantes para turistas em outros países, como
Rússia (sugere especial cuidado
em aglomerações como mercados e praças) e África do Sul
(aponta o perigo de o turista
andar à noite sozinho e ser assaltado no trânsito).
Em março, o músico Sebastien Emmanuel Jerome Gressez, 28, foi morto na via Dutra,
após uma suposta tentativa de
assalto. Ele fazia uma turnê pelo Brasil com a sua banda.
Em fevereiro, o casal Christian Doupes e Delphine Douyere e o amigo Jérôme Faure foram assassinados no escritório
da ONG Terr"Ativa -que os
franceses administravam- em
Copacabana, zona sul. O crime
teria sido planejado por Társio
Ramires, então funcionário da
ONG Terr'Ativa para acobertar
desfalque de R$ 80 mil.
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