Das 5 mortes registradas no feriado de Páscoa, 4 foram no litoral de SP e uma no Rio

FÁBIO AMATO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM SÃO JOSÉ DOS CAMPOS

Foi encontrado ontem mais um corpo de vítima da ressaca que atingiu o litoral de São Paulo e do Rio durante o feriado da Páscoa, elevando para cinco o número de mortes. Ainda há dois desaparecidos (um em São Paulo e outro no Rio).
O corpo encontrado ontem, de acordo com a Polícia Civil, é de Ronaldo Couto, 22. Morador de Leme (interior de SP), Couto estava desaparecido desde sábado, quando uma onda o arrastou na praia do Tenório, em Ubatuba (litoral norte). Ele foi encontrado por tripulantes de uma escuna próximo à ilha Anchieta, a cerca de 8 km dali.
"A ressaca havia enfraquecido, mas voltou a ficar mais intensa hoje [ontem], provocando ondas de até quatro metros em algumas praias", disse o comandante do Salva-Mar no litoral norte paulista, capitão Carlos Eduardo Smicelato. "A nossa orientação é para que os banhistas não entrem no mar sob nenhuma circunstância."
Das cinco mortes, quatro foram no litoral paulista (duas em Ubatuba, uma em São Sebastião e uma em São Vicente). Também foi registrada uma morte em Ilha Grande, no Rio.
De acordo com o geólogo Moysés Tessler, professor do Instituto Oceanográfico da USP, a ressaca tem intensidade entre média e forte. Ela é provocada por um ciclone que passa próximo ao litoral.
Ele aponta que, durante as ressacas, mesmo praias consideradas tranquilas- como a praia Dura, em Ubatuba, onde desapareceu um turista- ficam perigosas. Segundo ele, as ondas mais fortes também acabam por aumentar a força das correntes costeiras, que atuam próximo à faixa de areia.


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