DA AGÊNCIA FOLHA
DA REPORTAGEM LOCAL

Cinco imóveis desocupados foram invadidos por grupos de sem-teto na madrugada de ontem em São Paulo -três pertencem ao INSS e dois são particulares, mas os proprietários têm dívidas com o poder público. O objetivo, dizem os manifestantes, é pressionar o governo a construir moradias populares em áreas públicas indicadas pelo movimento.
Responsável pela política habitacional do governo, o Ministério das Cidades diz que estuda atender às demandas dos sem-teto. Entre os imóveis do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) ocupados, dois já estão no programa de construção de habitações populares do governo, diz o órgão.
A Frente de Lutas pela Moradia (que coordenou as invasões e engloba 12 entidades de sem-teto da cidade) tem uma reunião hoje em Brasília com representantes do ministério para negociar as reivindicações. O INSS aguarda o resultado do encontro para decidir se irá pedir que a polícia retire os manifestantes das ocupações.
Até a noite de ontem, três dos imóveis continuavam ocupados -o prédio da antiga sede do INSS, na avenida Nove de Julho (centro), um terreno na avenida Teotônio Vilela (zona sul), também do órgão, além de um terreno na av. Bento Guelfi (leste), cujo dono tem dívidas com o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Social), segundo os manifestantes. (RACHEL AÑON E RICARDO SANGIOVANNI)


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