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Associação de TVs pede mais controle
DA REPORTAGEM LOCAL
Para a Associação das Emissoras de Rádio e Televisão de São
Paulo, o Ministério das Comunicações precisa rever as licenças
para instalação de antenas de radiodifusão na região da avenida
Paulista para conter excessos.
"Infelizmente, São Paulo virou
um "agulheiro" de antenas. O ministério tem que rever as licenças
de instalação e devolver as emissoras a seus locais de origem", diz
Edilberto de Paula Ribeiro, presidente da entidade, que representa, entre outros, Globo, SBT e Record, além das principais rádios
de São Paulo. Ele sugere que as últimas emissoras a implantar antenas no entorno da Paulista sejam
obrigadas a removê-las.
Segundo Ribeiro, em razão do
surgimento de emissoras clandestinas e da utilização indevida do
espectro (sinal), "as emissoras
têm de aumentar a potência para
manter a mesma cobertura", o
que motivaria as interferências.
"Existe um problema sério de interferência nos meios de comunicação legalizados. O ministério
tem de tomar posição."
Desde a última quinta-feira, a
Folha questionou o Ministério
das Comunicações sobre as declarações da associação e o suposto
excesso de antenas, mas o órgão
afirmou que as perguntas só poderiam ser respondidas amanhã.
Ruy Bottesi, diretor-executivo
da Associação dos Engenheiros
de Telecomunicações, é favorável
a suspender novas licenças para
antenas. A entidade quer cobrar
do governo federal uma posição
também quanto à radiação emitida por elas. "A suspeita é que os
níveis estejam muito altos."
Segundo a Anatel, a quem cabe
a fiscalização, não há comprovação de que a exposição à radiação
das antenas cause doenças.
A reportagem questionou a
agência regulatória sobre fiscalizações nas antenas instaladas na
cidade. A assessoria de imprensa
do órgão recomendou à Folha
que usasse como base o relatório
de fiscalização relativo a 2005.
Não havia no documento, porém,
menção à quantidade ou ao desrespeito das emissoras quanto aos
limites de potência estabelecidos.
A Rede Globo afirmou, por
meio de sua assessoria de imprensa, que os níveis de radiação de
sua nova antena estão de acordo
com os padrões internacionais.
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