São Paulo, domingo, 14 de maio de 2006

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Associação de TVs pede mais controle

DA REPORTAGEM LOCAL

Para a Associação das Emissoras de Rádio e Televisão de São Paulo, o Ministério das Comunicações precisa rever as licenças para instalação de antenas de radiodifusão na região da avenida Paulista para conter excessos.
"Infelizmente, São Paulo virou um "agulheiro" de antenas. O ministério tem que rever as licenças de instalação e devolver as emissoras a seus locais de origem", diz Edilberto de Paula Ribeiro, presidente da entidade, que representa, entre outros, Globo, SBT e Record, além das principais rádios de São Paulo. Ele sugere que as últimas emissoras a implantar antenas no entorno da Paulista sejam obrigadas a removê-las.
Segundo Ribeiro, em razão do surgimento de emissoras clandestinas e da utilização indevida do espectro (sinal), "as emissoras têm de aumentar a potência para manter a mesma cobertura", o que motivaria as interferências. "Existe um problema sério de interferência nos meios de comunicação legalizados. O ministério tem de tomar posição."
Desde a última quinta-feira, a Folha questionou o Ministério das Comunicações sobre as declarações da associação e o suposto excesso de antenas, mas o órgão afirmou que as perguntas só poderiam ser respondidas amanhã.
Ruy Bottesi, diretor-executivo da Associação dos Engenheiros de Telecomunicações, é favorável a suspender novas licenças para antenas. A entidade quer cobrar do governo federal uma posição também quanto à radiação emitida por elas. "A suspeita é que os níveis estejam muito altos."
Segundo a Anatel, a quem cabe a fiscalização, não há comprovação de que a exposição à radiação das antenas cause doenças.
A reportagem questionou a agência regulatória sobre fiscalizações nas antenas instaladas na cidade. A assessoria de imprensa do órgão recomendou à Folha que usasse como base o relatório de fiscalização relativo a 2005. Não havia no documento, porém, menção à quantidade ou ao desrespeito das emissoras quanto aos limites de potência estabelecidos.
A Rede Globo afirmou, por meio de sua assessoria de imprensa, que os níveis de radiação de sua nova antena estão de acordo com os padrões internacionais.


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