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ANTONIO FERNANDO PESSOA FERREIRA (1932-2010)
A carreira de um escritor e jornalista pernambucano
DA SUCURSAL DO RIO
O corpo do jornalista e escritor Fernando Pessoa Ferreira foi cremado ontem, em
São Paulo. Ele morreu na
quarta-feira, aos 78, no Hospital do Câncer Octavio Frias
de Oliveira, após sofrer uma
parada cardiorrespiratória.
Pernambucano de Olinda,
Ferreira morava em SP havia
pouco mais de 40 anos. Na cidade que adotara, fez praticamente toda a sua carreira de
jornalista, com passagem por
esta Folha, nos anos 80.
Autor do livro de contos "O
Umbigo do Anjo" e do romance "Os Demônios Morrem
Duas Vezes", começou a carreira em Curitiba (PR), onde
morou na década de 50.
De lá, veio para o Rio. Trabalhou no "Correio da Manhã", como repórter, e na gravadora Elenco, como divulgador. Pela ligação com a mais
moderna gravadora da época,
fez amizades no meio artístico, diz o amigo Ruy Castro.
"Ele me adotou como seu
irmão mais novo. Não tinha
um dia que a gente não se falasse. Peguei dele expressões,
a maneira de falar, a maneira
de encarar as coisas", conta o
escritor e colunista da Folha.
Castro e Ferreira conheceram-se na "Playboy", em
1979. Depois foram juntos dirigir a concorrente "Status".
Ferreira também foi colaborador do semanário "O Pasquim" e da revista "Senhor".
Nos anos 90, assessorou políticos do PMDB e do PSDB.
Em 2006, tratou, com sucesso, de um câncer na bexiga. A doença voltou recentemente. Dois dias antes de
morrer, havia assinado do
hospital um contrato para o
lançamento de seu sexto livro. Deixa três filhos e neta.
coluna.obituario@uol.com.br
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