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SP levará 2 anos para fazer recapeamentos tidos como urgentes
Prefeitura detectou que há cerca de 1.000 km de vias na
cidade com asfalto muito irregular, o que desgasta veículos
Para refazer pavimento com
buracos e ondulações, ritmo
de recapeamento passa de 30
km para 50 km/ mês, ao custo
mensal de R$ 20 milhões
EDUARDO GERAQUE
DA REPORTAGEM LOCAL
A Prefeitura de São Paulo detectou ao menos mil quilômetros de ruas e avenidas que precisam de recapeamento urgente, a partir de um levantamento
recém-concluído pela Universidade de São Paulo (USP).
A prefeitura disse ontem que
planeja refazer, a partir de agora, 50 km de asfalto por mês, o
"maior plano nestes moldes já
feito", segundo Eugênio Pavicic, superintendente das usinas
de asfalto da cidade.
Antes, o ritmo de recapeamento era de 30 km por mês.
Por esse plano, demoraria
cerca de 20 meses para que o
motorista trafegue com conforto pela capital. Isso sem contar
os problemas que, como é natural, aparecerão até lá.
A prefeitura tinha mapeado,
por constatação de suas equipes ou reclamações dos cidadãos, o que diz serem os 1.150
km mais problemáticos entre
os 15 mil km na cidade, com
muitas buracos, ondulações e
trepidação, que desgastam os
veículos e aumentam o consumo de combustível.
O estudo encomendado à
USP indicou os trechos mais
urgentes e a espessura de asfalto a ser usada em cada caso.
Com um equipamento que
emite feixes de laser, acoplado
ao parachoque de um veículo,
pesquisadores saíram pelas
ruas para um diagnóstico das
irregularidades no pavimento.
É o equivalente a usar um sonar para mapear o fundo do
mar -porém, em vez de som,
utilizam-se feixes de luz.
O resultado é que 90% dos
1.150 km vistoriados precisam
de reparos urgentes.
Entram na lista vias importantes de várias regiões da cidade, como a avenida Moreira
Guimarães, perto do aeroporto
de Congonhas (zona sul) e a
avenida Vital Brasil, no Butantã
(zona oeste).
O engenheiro José Tadeu
Balbo, da Poli-USP, responsável pelo estudo, diz que as ruas
da cidade são problemáticas
por serem retalhadas a todo
momento por empresas de esgoto, água, TV a cabo e outros
serviços, que deixam o asfalto
em desnível após taparem o buraco de suas obras.
"As concessionárias destroem tudo", diz Balbo.
As prioridades determinadas
pela pesquisa da USP levam em
consideração não só o estado
do pavimento, mas o custo/benefício da obra. Serão priorizadas ruas e avenidas de grande
fluxo de veículos.
A USP defende que os gastos
-R$ 20 milhões por mês- valem a pena. Calcula que, para
para cada R$ 1 investido pelo
poder público na avenida Juscelino Kubitschek, por exemplo, cada motorista deixará de
perder R$ 57 em dez anos.
Entram na conta prejuízos
como combustível extra e desgaste do automóvel.
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