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Cliente Samcil não consegue marcar consulta pela GreenLine
Usuários reclamam da dificuldade de dar continuidade a tratamento
TALITA BEDINELLI
DE SÃO PAULO
Clientes da Samcil e da
Serma, adquiridas neste mês
pela GreenLine, reclamam
que estão tendo dificuldade
para conseguir atendimento.
Além de dificuldades para
marcar consultas ou pedir informações na central de
atendimento telefônico da
GreenLine, há relatos de pacientes que tiveram seus tratamentos interrompidos.
A Samcil, que era dona da
Serma, passou por dificuldades financeiras, e a ANS
(Agência Nacional de Saúde
Suplementar) determinou
que ela negociasse sua carteira de clientes.
O negócio foi fechado no
último dia 3. Com isso, a
GreenLine passou de 326 mil
usuários para 500 mil.
A autônoma Telma Amorim Del Vale, 57, foi uma das
prejudicadas. Com uma sessão de quimioterapia marcada para a última quinta, ela
foi informada do cancelamento por telefone pela clínica onde faz tratamento.
A família teme que o câncer progrida novamente, o
que poderia impedi-la de
passar por um transplante de
medula, que estava próximo.
Para evitar que isso aconteça, eles procuraram a Justiça,
que determinou na última
terça que o tratamento dela
continue normalmente.
Mas, até agora, a GreenLine não deu nenhum retorno
sobre o caso.
A família do autônomo
Valfrido dos Santos Leal, 72,
passa por problema similar.
Cliente da Samcil e também em tratamento contra
um câncer, ele não consegue
mais marcar um oncologista
para dar prosseguimento ao
atendimento médico. O antigo não atende a GreenLine.
"Cheguei a acordar às 3h
para ligar para a central de
atendimento 24 h, mas continuava dando ocupado. Ele
precisa tomar uma injeção
em 20 dias, mas precisa passar pelo médico antes", diz o
neto Victor Leal Rocha, 26.
A ANS disse que neste mês
recebeu 730 ligações relacionadas à GreenLine, mas não
soube informar quantas delas eram reclamações. O último dado disponível é de fevereiro, antes da compra da
Samcil -naquele mês, a ANS
recebeu seis reclamações sobre a empresa.
A GreenLine disse ontem
que as reclamações atuais se
devem ao início do período
de transição e que está investindo para a rápida ampliação da capacidade de atendimento telefônico.
Por enquanto, disse a empresa, os usuários estão sendo orientados a fazer os
agendamentos (de consultas
e exames, entre outros procedimentos) diretamente nas
unidades credenciadas.
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