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ADMINISTRAÇÃO
Gestão Serra vai exigir documento de quem se recusar a ir para abrigos quando a temperatura for inferior a 10ºC
Sem teto terá termo de responsabilidade
DO "AGORA"
Os moradores de rua de São
Paulo que não quiserem dormir
em albergues e abrigos da prefeitura nas noites em que a temperatura estiver abaixo dos 10C terão
que assinar um termo de responsabilidade. Isso porque, nessas
condições, o risco de morte é
maior, segundo o secretário municipal de Assistência e Desenvolvimento Social, Floriano Pesaro.
Para o documento ser válido,
são necessárias as assinaturas do
morador de rua e de mais duas
testemunhas, que podem ser os
servidores públicos encarregados
de recolher a população carente e
encaminhá-la aos abrigos.
A informação foi dada ontem
pelo secretário durante o lançamento da Operação Frentes Frias,
que tem como objetivo acolher
moradores de rua de São Paulo
nos meses mais frios do ano.
Segundo Pesaro, a novidade da
operação neste ano é que as equipes da Defesa Civil, das subprefeituras e da secretaria vão trabalhar
durante todos os dias, desde amanhã até 30 de setembro.
"Estabelecemos três faixas de
atuação", afirmou o secretário. Os
funcionários públicos vão trabalhar de acordo com a temperatura
registrada na cidade.
No estado de observação (quando a temperatura estiver próxima
de 13ºC), os funcionários da prefeitura vão mapear a cidade, identificar os pontos de concentração
de moradores de rua e o perfil
dessa população. No estado de
atenção, entre 10ºC e 13ºC, será
feita a abordagem aos moradores
de rua, para encaminhamento. O
estado de alerta será dado quando
a temperatura ficar abaixo de
10ºC. É nessa fase que será pedido
o termo de responsabilidade.
A Secretaria de Assistência e
Desenvolvimento Social estima
que 10 mil pessoas morem nas
ruas da capital. A capacidade dos
44 albergues e abrigos é de 6.700
leitos. Para acolher os moradores
de rua até setembro, houve um
aumento de 20% no número de
vagas nas unidades. Foram criadas 800 vagas para adultos.
Para colocar a operação em prática, a prefeitura adquiriu 14 novas peruas. A Subprefeitura da Sé
conseguiu outras quatro Kombis.
Uma ambulância do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) vai atuar no programa.
Segundo a secretaria, cada vaga
emergencial vai custar R$ 3,50 por
dia para adulto e R$ 6 para crianças e adolescentes. Normalmente,
são pagos de R$ 6,66 a R$ 8,33 por
dia para os adultos e R$ 40 para
crianças e adolescentes. Os albergues e abrigos são administrados
por entidades filantrópicas, em
convênio com a prefeitura.
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